27 de novembro de 2024 Doar
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Bispos colombianos respondem a Ex-presidente e afirmam que podem exigir programas pró-vida

O Secretário Geral da Conferência Episcopal Colombiana (CEC), Dom Fabián Marulanda López, expressou sua estranheza pela oposição do Ex-presidente Alfonso López Michelsen, a que os bispos peçam aos fiéis que exijam dos candidatos programas que defendam a vida e promovam o bem comum.

Através de uma carta, o também Bispo Emérito de Florência respondeu à coluna que o ex-mandatário publicou no jornal El Tiempo no domingo passado, em que qualificou de "intervenção episcopal na política colombiana" as recomendações que os prelados dão aos fiéis frente às próximas eleições. "Proibir o aborto, o matrimônio dos homossexuais e a eutanásia, em termos indiscriminados, mas com referência ao voto de 12 de março, é algo inadmissível para os espíritos liberais", afirmou López em sua carta.

Dom Marulanda expressou achar estranho que "um homem ‘profundamente liberal’ como o senhor, Doutor López", incomode-se de que os bispos convoquem "os cidadãos a participar da vida política" e a reclamar dos candidatos programas que respeitem a vida, lutem contra a pobreza, promovam a educação, a paz, entre outros aspectos do bem comum. Por isso, indicou, "inclino-me, pois, a pensar que sua reação na intervenção de Manizales (onde criticou os bispos em 12 de fevereiro), foi mais emocional que cerebral".

"Por sorte os tempos mudaram. Agora nem bênçãos nem maldições nem acusações. Só um convite a colocar o bem comum acima dos partidos e das pessoas", assinala finalmente Dom Marulanda.

Por sua vez, o Secretariado Permanente do Episcopado Colombiano (SPEC) respondeu ao Ex-presidente em outra carta em que pergunta a López Michelsen se leu o recente documento emitido pela CEC. "O que qualquer poderia imaginar é que o senhor, Ex-presidente, tivesse lido a mensagem do Episcopado" antes de criticar os bispos "porque não há neste texto nada do que tanto o incomodou: nem acusações, nem proibições sutis".

O SPEC explica que tal documento não menciona nem "a palavra ‘aborto’, nem ‘casamento gay’, nem ‘eutanásia’". Entretanto, afirma que isso não quer dizer "que estes temas não sejam objeto de preocupação para o Episcopado".

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