Sep 1, 2024 / 05:00 am
A Igreja celebra no dia 5 de setembro santa Teresa de Calcutá, fundadora das Missionárias da Caridade. Próximos a sua festa, a rede social católica Hozana está recolhendo as intenções de oração de fiéis para serem depositadas junto aos restos mortais da santa, em Calcutá, Índia.
“Nós estamos com essa iniciativa há dois anos juntos com as Missionárias da Caridade”, disse à ACI Digital a responsável pelo Hozana em português, Débora Moreira Araújo.
A iniciativa teve início em 2022, por ocasião dos 25 anos da morte de santa Teresa de Calcutá. “Criamos uma página especial de intenções para madre Teresa na qual recolhemos pedidos de oração do mundo inteiro”, disse Débora. Na época, contou, “foram quase 10 mil pedidos de oração” nas quatro línguas em que Hozana está disponível, português, espanhol, inglês e francês.
“Enviamos todos os pedimos para as irmãs Missionárias da Caridade na Índia que acolheram com muita alegria essa iniciativa e depositaram todas as intenções junto aos restos mortais de madre Teresa, os quais foram venerados na ocasião”, disse.
Desde então, Hozana continua com a página especial para receber as intenções de oração de devotos do mundo.
“Há dois anos repetimos essa campanha e há dois anos as Missionárias da Caridade se comprometem em receber os pedidos de oração e rezar por eles”, disse Débora.
Santa Teresa de Calcutá
Agnes Gonxha Bojaxhia nasceu no dia 26 de agosto de 1910, em Skopje, atual Macedônia. Desde pequena recebeu uma profunda formação religiosa. Seu pai morreu quando ela tinha oito anos. Esta perda causou problemas econômicos em sua família. Aos 18 anos, entrou para o Instituto da bem-aventurada Virgem Maria, conhecido como as Irmãs de Loreto, na Irlanda. Ali tomou o nome de irmã Maria Teresa em honra à santa Teresa de Lisieux.
Chegou à Índia em 6 de janeiro de 1929. Em maio de 1931, fez seus primeiros votos e foi enviada à comunidade de Loreto Entally, em Calcutá, como professora do colégio para meninas St. Mary.
Em 24 de maio de 1937, fez seus votos perpétuos. Desde então, foi chamada madre Teresa.
Dedicou-se ao ensino durante 20 anos, período em que se caracterizou pela sua profunda piedade, pelo amor com o qual tratava suas irmãs religiosas e suas alunas. Também foi uma grande administradora e trabalhadora.
Em 10 de setembro de 1946, durante uma viagem à Darjeeling para seu retiro anual, madre Teresa recebeu uma espécie de “inspiração” ou seu “chamado dentro do chamado”.
Naquele dia, a sede de amor e de almas se apoderou do seu coração. Durante as semanas seguintes, mediante locuções interiores e visões, o próprio Jesus lhe revelou seu desejo de encontrar “vítimas de amor” que “irradiassem seu amor às almas”. “Vêm ser minha luz. Não posso estar sozinho”, disse-lhe Jesus.
Em resposta a esse chamado, no dia 17 de agosto de 1948, madre Teresa vestiu pela primeira vez o sari branco com detalhes em azul e saiu do convento de Loreto para se introduzir no mundo dos mais pobres. Todos os dias recebia a Eucaristia e saía de sua casa com o rosário na mão. Alguns meses depois, algumas de suas antigas alunas se uniram a ela.
Cristo lhe pediu que fundasse uma congregação religiosa, que mais tarde seria as Missionárias da Caridade, dedicada ao serviço aos mais pobres entre os pobres.
Em 1950, fundou oficialmente a Congregação das Missionárias da Caridade. Tempos depois, enviou algumas irmãs a outras partes da Índia e abriu outras casas na Venezuela, em Roma, na Tanzânia e inclusive em quase todos os países que nessa época faziam parte da União Soviética.
Também fundou os Irmãos Missionários da Caridade, o ramo contemplativo das irmãs, os irmãos contemplativos, os padres missionários da caridade, os colaboradores de madre Teresa e os colaboradores enfermos e que sofrem. Posteriormente, surgiu a congregação de Missionários da Caridade Leigos e o Movimento Sacerdotal Corpus Christi.
Esteve atenta a sua imensa obra. Descansava pouco, quase não comia, rezava durante horas e atendia os pobres.
Em 1979, recebeu o Prêmio Nobel da Paz.
Apesar dos seus problemas de saúde, madre Teresa continuou servindo aos pobres até o fim da sua vida. Morreu em 5 de setembro de 1997.
Foi beatificada em dia 19 de outubro de 2003, pelo papa são João Paulo II, e canonizada em 4 de setembro de 2016 pelo papa Francisco.
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