18 de dezembro de 2024 Doar
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Por que o papa telegrafa ao governante do país que sobrevoa em viagem

Papa Francisco no avião que o levou a Jacarta, Indonésia, na segunda-feira (2). | Daniel Íbañez/ ACI Digital

A Santa Sé envia um telegrama ao governante do país sobrevoado pelo avião papal como sinal de respeito cada vez que um papa faz uma das suas viagens apostólicas de avião, uma tradição da diplomacia da Santa Sé há 60 anos.

Na manhã de hoje (6), o papa Francisco viajou para a cidade de Port Moresby, capital da Papua Nova Guiné, o segundo dos quatro países que vai visitar em sua viagem pela Ásia e Oceania.

Assim que o avião papal decolou do aeroporto da capital indonésia, Jacarta, a Santa Sé divulgou o telegrama enviado ao presidente do país. A mesma coisa aconteceu na viagem de ida de Roma ao Sudeste da Ásia.

Ao decolar do aeroporto de Fiumicino na segunda-feira (2), o papa enviou uma mensagem ao presidente da Itália e, à medida que o avião se aproximava de seu destino, mensagens foram enviadas aos governantes da Croácia, Bósnia e Herzegovina, Sérvia, Montenegro, Bulgária, Turquia, Irã, Paquistão, Índia e Malásia.

Quando essa tradição começou?

O envio de telegramas aos chefes de Estado é uma tradição que começou em 1964, com a visita do papa são Paulo VI, primeiro papa a viajar de avião, à Terra Santa, então sob o controle da Jordânia.

O telegrama costuma ser enviado no momento em que o avião do papa entra no espaço aéreo do país.

A mensagem geralmente é breve e geralmente inclui uma saudação do papa, seguida de seus votos de paz para o país e seus habitantes. Na maioria das ocasiões os governantes costumam responder ao papa e desejar-lhe bons frutos para a sua viagem.

Algumas exceções

Esse protocolo não é seguido em todas as ocasiões e ao longo dos anos houve algumas exceções principalmente devido à ausência de relações entre a Santa Sé e alguns países.

Por razões diplomáticas, os telegramas do papa Francisco às autoridades chinesas costumam ser muito genéricos e até têm sido evitados em algumas ocasiões, já que apenas são enviados quando ele sobrevoa grande parte do seu espaço aéreo.

No caso de zonas de conflito, a Santa Sé costuma evitar esse costume para que os países não interpretem esse gesto como uma postura a favor de um lado ou de outro.

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