23 de dezembro de 2024 Doar
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Apoiadores de Kamala Harris pagam US$ 15 milhões em busca de voto pró-aborto

Kamala Harris fala sobre lei que proíbe o aborto na Flórida até seis semanas de gestação em Jacksonville, Flórida, EUA, em 1 de maio de 2024. | Joe Raedle/Getty Images

Um comitê de apoio à candidata democrata a presidente dos EUA, Kamala Harris, lançou uma campanha publicitária de US$ 15 milhões (mais de R$ 83,2 milhões) que promove a agenda política pró-aborto da candidata democrata.

A campanha, lançada ontem (12) pelo comitê American Bridge 21st Century, vai transmitir anúncios de televisão, rádio e digitais promovendo o apoio de Harris ao aborto e criticando o candidato republicano Donald Trump. Os anúncios serão veiculados em Michigan, Pensilvânia e Wisconsin.

"O programa da American Bridge para derrotar Donald Trump sempre foi sobre três coisas: aborto, democracia e liberdade", disse Bradley Beychok, cofundador da American Bridge 21st Century.

Um dos anúncios de televisão que vai ao ar em Michigan começa com uma médica residente dizendo: "Acho que Kamala Harris entende as pessoas que sirvo [porque] ela não vai parar até que os direitos reprodutivos [aborto] sejam restaurados".

"Sabemos exatamente onde Trump se posiciona sobre o aborto", continua a residente. "Quando o ouvi se gabando de derrubar Roe x Wade, isso me destruiu".

O anúncio cita o ex-presidente assumindo o crédito pela revogação de Roe x Wade pela Suprema Corte dos EUA, que permitiu que os Estados aprovassem restrições ao aborto. Trump fez campanha com a posição de que as políticas de aborto devem ser definidas pelos Estados, mas disse que não promulgaria uma lei federal que proíba o aborto.

Harris disse que apoiaria a legislação para codificar Roe x Wade em lei federal, o que impediria os estados de adotar leis pró-vida que restrinjam o aborto. No debate presidencial de terça-feira (10), a vice-presidente se recusou a dizer se apoia o aborto tardio.

O anúncio diz que Trump poderia restringir o controle de natalidade e a fertilização in vitro ou promulgar uma lei federal que proíba o aborto nos EUA. O ex-presidente disse que não apoia restrições federais ao aborto ou restrições ao controle de natalidade ou fertilização in vitro.

Essa campanha publicitária se baseia na ênfase de Harris no aborto como um elemento-chave de sua campanha presidencial de 2024. A vice-presidente liderou os esforços do governo Biden-Harris para promover o aborto e apoiou consistentemente o aborto como senadora e procuradora-geral da Califórnia.

A American Bridge 21st Century pretende gastar cerca de US$ 140 milhões (R$ 776, 6 milhões) em campanhas publicitárias para apoiar a candidatura de Harris.

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