19 de setembro de 2024 Doar
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Dom Rolando Álvarez vai participar do Sínodo da Sinodalidade

Dom Rolando Álvarez. | Arquidiocese de Manágua

O bispo de Matagalpa, Nicarágua, dom Rolando Álvarez, exilado em Roma desde janeiro, participará do próximo Sínodo da Sinodalidade, que acontecerá em outubro na capital italiana.

O nome de dom Álvarez aparece na lista definitiva que a Santa Sé divulgou hoje (16) com os participantes da segunda e última sessão do Sínodo da Sinodalidade, que acontecerá de 2 a 27 de outubro.

O bispo nicaraguense que foi deportado para Roma em 14 de janeiro pelo regime de Daniel Ortega aparece no grupo de nomeações pontifícias.

Essa categoria é composta pelos bispos escolhidos diretamente e por iniciativa do papa.

A participação do bispo nesse acontecimento da Igreja representa uma mudança na habitual discrição que tem tido desde a sua chegada a Roma.

Seria a terceira aparição pública desde a deportação do bispo, conhecido por sua defesa inabalável dos direitos humanos e pelas duras críticas ao governo da Nicarágua.

Em 15 de janeiro, foram publicadas as primeiras imagens do bispo junto com outros padres banidos enquanto celebravam a missa em uma igreja de Roma.

Dom Álvarez visitou em junho a cidade espanhola de Sevilha e também o santuário de Covadonga, na região das Astúrias.

Quem é dom Rolando Álvarez

Dom Rolando Álvarez, de 57 anos, foi nomeado bispo de Matagalpa em 2011 pelo papa Bento XVI. Sua feroz defesa dos direitos humanos contra os abusos do governo – especialmente durante as manifestações civis de 2018 – valeu-lhe a perseguição do presidente Daniel Ortega, ex-guerrilheiro de esquerda.

Dom Álvarez foi obrigado a permanecer confinado em sua casa episcopal desde o início de agosto de 2022, junto com padres, seminaristas e um leigo.

Duas semanas depois, quando estavam quase sem comida, a polícia invadiu a casa e levou dom Álvarez para Manágua, capital do país.

Em meio a um processo questionado, o governo o condenou em 10 de fevereiro de 2023 a 26 anos e quatro meses de prisão, acusando-o de ser “traidor da pátria”.

Desde então, o bispo esteve detido na prisão La Modelo, para onde são enviados presos políticos.

Um dia antes de ser condenado, dom Álvarez se recusou a embarcar no avião em que o governo deportou mais de 200 presos políticos para os EUA.

O bispo foi finalmente deportado para Roma em 14 de janeiro de 2024, depois de mediação da Santa Sé, junto com o bispo de Siuna, dom Isidoro Mora, e outros padres e seminaristas.

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