4 de dezembro de 2024 Doar
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Diversidade de identidades religiosas é “um dom de Deus”, diz papa Francisco

Papa Francisco fala hoje (17) a jovens reunidos em Tirana, Albânia, para os Encontros Mediterrâneos 2024. | Arquidiocese de Tirana–Durrës

O papa Francisco elogiou hoje (17) a diversidade cultural e religiosa como “um dom de Deus” em mensagem de vídeo para uma conferência inter-religiosa de jovens.

“Contemplem a diversidade das vossas tradições como uma riqueza, uma riqueza desejada por Deus”, disse o papa aos jovens reunidos em Tirana, Albânia, para os Encontros Mediterrâneos 2024.

“A unidade não é uniformidade”, disse Francisco, “e a diversidade das nossas identidades culturais e religiosas é um dom de Deus”.

A fala do papa Francisco sobre diversas identidades religiosas serem um dom desejado por Deus se dá poucos dias depois que o papa ganhou manchetes no último fim de semana por dizer aos jovens em Singapura na sexta-feira (13), que “todas as religiões são um caminho para nos aproximarmos de Deus”.

A mensagem em vídeo do papa foi enviada hoje a 50 jovens de 25 países do mar Mediterrâneo e do mar Negro que participam dos Encontros Mediterrâneos 2024 (Med24) em Tirana, Albânia, de 15 a 21 de setembro.

Jovens se reúnem ontem (16) em Tirana, Albânia, para os Encontros Mediterrâneos 2024. Arquidiocese de Tirana–Durrës

O encontro, com o tema “Peregrinos da Esperança, construtores de paz”, acontece um ano depois de o papa Francisco participar dos Encontros Mediterrâneos em Marselha, França, em 23 de setembro do ano passado.

A conferência inter-religiosa é focada nos temas de paz, migração e dignidade humana e inclui momentos de diálogo, oração e visitas culturais.

Em sua mensagem, o papa Francisco pediu aos participantes do Med24 que coloquem no centro “a voz daqueles que não são ouvidos”, especialmente os pobres e os migrantes.

“Penso naqueles que, muitas vezes, muito jovens, têm que deixar seu país para ter um futuro melhor”, disse Francisco. “Cuidem de cada um. Não se trata de números, mas de pessoas, e cada pessoa é sagrada; trata-se de rostos cuja dignidade deve ser promovida e protegida. Renunciemos à cultura do medo para abrir a porta da acolhida e da amizade”.

O papa encorajou os jovens da Albânia em particular a “seguir os passos dos seus mártires”.

“Sua coragem é um testemunho vivo que pode inspirar o compromisso de vocês de resistir a todas as violências que desfiguram a nossa humanidade, como fez a beata Maria Tuci com apenas vinte e dois anos”, disse Francisco.

A beata Maria (também conhecida como Marije) Tuci é uma das 38 mártires albanesas beatificadas em 2016.

A albanesa, professora de uma escola primária católica que também estava em formação para se tornar uma irmã religiosa, foi presa e encarcerada pelo Estado comunista anticatólico em 1949.

Ela morreu em 1950, aos 22 anos, depois de ser brutalmente torturada na prisão.

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