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Convenções internacionais de direitos humanos devem ser protegidas na guerra entre Rússia e Ucrânia, diz cardeal Parolin

O secretário de Estado da Santa Sé, cardeal Pietro Parolin, participa de sessão plenária na Cúpula sobre a Paz na Ucrânia no resort Burgenstock, perto de Lucerna, Suíça, em 16 de junho de 2024. | ALESSANDRO DELLA VALLE/POOL/AFP via Getty Images

O Secretário de Estado da Santa Sé, cardeal Pietro Parolin, se encontrou com a comissária de Direitos Humanos da Rússia, Tatiana Moskalkova, por videoconferência na segunda-feira (16) para destacar a necessidade de defender as convenções internacionais de direitos humanos na guerra entre Rússia e Ucrânia.

Segundo comunicado da Sala de Imprensa da Santa Sé divulgada hoje (18), o cardeal Parolin agradeceu a Moskalkova por seu papel em garantir a libertação, em 28 de junho, de dois padres redentoristas ucranianos, Ivan Levytsky e Bohdan Geleta, depois de 18 meses mantidos em cativeiro pelas forças russas na cidade ocupada de Berdyansk, Ucrânia.

Segundo relatório do portal de notícias Religious Information Service of Ukraine (Serviço de Informação Religiosa da Ucrânia), os dois padres escolheram ficar e ministrar às comunidades greco-católica e católica romana que serviam em Berdyansk. Em 22 de novembro de 2022, ambos foram presos pelas forças militares russas sob acusações de porte de armas.

O papa Francisco agradeceu a Deus pela libertação de Levytsky e Geleta em seu discurso especial do Ângelus de 29 de junho, festa de são Pedro e são Paulo.

“Agradeço a Deus pela libertação dos dois padres greco-católicos”, disse o papa. “Que todos os prisioneiros dessa guerra retornem logo para casa.”

Em julho, Parolin se encontrou com ambos os padres, que são da Igreja Greco-Católica Ucraniana, em sua visita à Ucrânia de 19 a 24 de julho para se encontrar com líderes religiosos e civis em Kiev e Odessa.

Na reunião da segunda-feira (16), Parolin e Moskalkova falaram sobre a necessidade de defender “os direitos humanos fundamentais consagrados nas convenções internacionais”.

Segundo um relatório do Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) publicado em fevereiro, mais de 10,5 mil civis ucranianos foram mortos e cerca de 20 mil ficaram feridos desde a invasão russa da Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022. O número real é "provavelmente significativamente maior", disse o relatório.

Outros assuntos discutidos na reunião da segunda-feira (16) incluíram questões humanitárias, como assistência a prisioneiros militares ucranianos na Rússia e a troca mútua de soldados detidos na Rússia e na Ucrânia.

O serviço de notícias católico OSV News informou que Geleta disse ao canal de televisão Zhyve TV da Igreja Greco-Católica Ucraniana que os dois padres foram torturados psicológica e fisicamente numa prisão junto com outros prisioneiros de guerra.

“Também podíamos ouvir gritos de nossa cela nos corredores”, disse Geleta à Zhyve TV. “O padre Ivan foi espancado tão severamente que perdeu a consciência duas vezes”.

Depois de recuperarem a liberdade, os dois padres querem divulgar sua história para encorajar outras pessoas cujos parentes são prisioneiros de guerra a não perderem a esperança, mas a se voltarem para Deus em oração.

“O Senhor Deus sabe que mesmo através desses sofrimentos ele conduz todos a Si mesmo. Não sabemos disso, é um mistério. Caso contrário, uma pessoa pode não ser capaz de suportar isso”, disse Geleta à Zhyve TV.

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