30 de setembro de 2024 Doar
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Fase diocesana do processo de beatificação de irmã Adélia chega ao fim

A irmã Adélia | RIC

A fase diocesana do processo de beatificação e canonização da serva de Deus irmã Adélia, uma das videntes de Nossa Senhora em Cimbres (PE), será encerrada no dia 13 de outubro, em Recife (PE).

O processo de beatificação de irmã Adélia foi aberto em 10 de março deste ano, depois que ela foi declarada serva de Deus em 23 de fevereiro pela Santa Sé. A sessão solene de encerramento da fase diocesana acontecerá no próximo dia 13 de outubro, às 9h, no Teatro Madre Chantal do Colégio Damas, em Recife, seguida de missa às 11h, na capela do colégio, celebrada pelo bispo de Pesqueira (PE), Dom José Luiz Salles.

Irmã Adélia nasceu em 16 de dezembro de 1922, em Pesqueira. Seu nome de batismo era Maria da Luz Teixeira de Carvalho, filha de Arthur Teixeira de Carvalho e Auta Monteiro de Carvalho.

Em 6 de agosto de 1936, Maria da Luz estava colhendo sementes de mamona na Aldeia Guarda, no povoado de Cimbres, com a amiga Maria da Conceição. Na época, o cangaceiro Lampião e seu bando agiam na região com roubos e assassinatos. Maria da Luz, então, perguntou à amiga o que faria se Lampião aparecesse. Maria da Conceição respondeu: “Nossa Senhora haveria de dar um jeito de nos proteger”. Em seguida, elas viram no alto da serra a imagem de uma mulher com uma criança nos braços que acenava para que elas se aproximassem.

Ao retornarem para casa, narra o site oficial da Irmã Adélia, as meninas contaram a história para os pais de Maria da Luz. “Inicialmente, os dois não acreditaram e Arthur foi com as meninas até o local da aparição, que era de difícil acesso. Chegando lá, as duas viram novamente a mulher. Sem conseguir enxergar e achando que era alucinação das garotas, o pai de Maria da Luz pediu que ela perguntasse para a moça quem era Ela e o que queria. ‘Eu sou a Graça’, respondeu. ‘Vim para avisar que hão de vir três castigos mandados por Deus. Diga ao povo que reze e faça penitência’”.

A notícia logo se espalhou pela região e muitos passaram a ir ao local para rezar ou por curiosidade. “Muitos foram os sinais da presença de Nossa Senhora e relatos de milagres”, diz o site.

Outras aparições aconteceram no mesmo local às duas crianças e foi nomeado na época um inquisidor das aparições, o padre José Kehler. Ele fazia perguntas para Nossa Senhora em alemão e latim e Maria da Luz e Maria da Conceição respondiam em português.

Mais tarde, Maria da Luz entrou para o Instituto das Religiosas da Instrução Cristã (RIC) e recebeu o nome de irmã Adélia. Fez seus votos perpétuos em 1946. Ela “optou pelo silêncio em relação às aparições até 1985, quando resolveu reunir as religiosas da congregação para partilhar a experiência que teve com Nossa Senhora”, diz o site de irmã Adélia. A decisão de dar o testemunho foi “porque estava com câncer, com metástase no fígado, e achava que tinha pouco tempo de vida”.

“Nessa época, a vida dela passou a ser na enfermaria da comunidade, de onde continuou o sacrifício na oração e no silêncio, no despojamento e na oferta de sua vida”.

Segundo o site, semanas depois de ter contado a história para as religiosas, irmã Adélia foi ao local das aparições com um grupo de irmãs. “Durante as orações, pediu que se fosse da vontade da Mãe do Céu que aquelas aparições fossem divulgadas, que Ela lhe desse, então, a cura. Foi o que ocorreu. Os novos exames realizados mostraram que não tinha mais câncer”.

“Incansável em sua humildade e simplicidade”, a irmã Adélia “dedicou sua vida a transmitir o Evangelho, ajudar os pobres e rezar pelos sacerdotes. Servir os empobrecidos foi a sua grande missão, deixando um belo legado na favela de Santa Luzia, no bairro da Torre, no Recife”.

Ela morreu em 13 de outubro de 2013, em Recife, aos 90 anos.

Em 2 de outubro de 2021, o bispo de Pesqueira (PE), dom José Luiz Ferreira Salles, publicou a carta pastoral intitulada “A diocese de Pesqueira e as presumíveis aparições de Nossa Senhora da Graça” sobre “presumíveis aparições de Nossa Senhora da Graça” a duas crianças na Vila de Cimbres, em 1936.

Na carta, o bispo diz que “nas relatadas aparições da Virgem Maria, na Aldeia da Guarda, sob o título de ‘Nossa Senhora da Graça’, há elementos, traços e sinais que abalizam e sinalizam a grande probabilidade do caráter sobrenatural da experiência vivida pelas jovens Maria da Luz (irmã Adélia) e Maria da Conceição” e que “as mensagens comunicadas durante as alocuções com as videntes acuradamente documentadas e cuidadosamente analisadas, estão em profunda consonância com as verdades da fé, contidas nas Sagradas Escrituras e na Doutrina Católica e, em nada, contrastam com a moral e os costumes”.

Dom Salles concedeu “a permissão para que os fiéis possam, nessas terras, continuar com a devoção e a veneração à Virgem Santíssima, Mãe de Deus, invocada com o título de ‘Nossa Senhora da Graça’”.

Na carta pastoral, o bispo também disse que já havia sido solicitado o nihil obstat (nada obsta) da então Congregação para a Causa dos Santos – atualmente dicastério – para a abertura do processo de beatificação e canonização de irmã Adélia.

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