Sep 30, 2024 / 14:53 pm
A Igreja celebrou ontem (29) o 110º Dia Mundial do Migrante e do Refugiado, com o tema "Deus caminha com seu povo". O papa Francisco divulgou uma mensagem sobre o tema.
No texto deste ano, o papa fala sobre o relato bíblico do Êxodo, no qual o povo de Israel caminha pelo deserto em busca de chegar à Terra Prometida, e compara-o com a saudade sentida pelos migrantes.
"Como o povo de Israel no tempo de Moisés, frequentemente os migrantes fogem de situações de opressão e abuso, de insegurança e discriminação, de falta de perspectivas de progresso. Como os hebreus no deserto, os migrantes encontram muitos obstáculos no seu caminho", diz o papa.
Mais tarde, Francisco diz que Deus sempre esteve no meio de seu povo e que continua a estar. O papa também diz que Cristo também se apresenta como "faminto, sedento, estrangeiro, nu, doente, preso – que bate à nossa porta, pedindo para ser acolhido e assistido".
“Queridos irmãos e irmãs, neste Dia dedicado aos migrantes e refugiados, unamo-nos em oração por todos aqueles que tiveram de abandonar a sua terra à procura de condições de vida dignas", diz o papa Francisco.
Os santos intercedem há mais de 100 anos pelos migrantes
Segundo um artigo histórico do padre Gabriele Bentoglio, ex-subsecretário do Pontifício Conselho para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes, em 1914 esse dia foi instituído para migrantes italianos no pontificado de Bento XV. Então, o primeiro dia para a Itália foi celebrado no primeiro domingo da Quaresma, que caiu em 21 de fevereiro de 1915.
Com o tempo, esse dia dedicado à oração pelos migrantes se espalhou por toda a Igreja e foi mudando de data. Atualmente, a data é celebrada no último domingo de setembro.
Em 2016, o papa Francisco instituiu o dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, que, segundo seu site, incorporou as funções do Pontifício Conselho para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes e agora tem a missão pastoral dos migrantes.
O serviço organizado ao migrante na Igreja foi precedido por um santo. Segundo o dicastério, foi são João Batista Scalabrini, "quem explicou esse projeto a São Pio X numa carta de 22 de julho de 1904 e, mais detalhadamente, em um memorial de 4 de maio de 1905". O papa fez várias obras em favor dos migrantes.
Segundo Vatican News, serviço oficial de informações da Santa Sé, são João Batista Scalabrini é considerado o apóstolo dos migrantes e o papa Francisco o dispensou de um segundo milagre para ser canonizado. Em 9 de outubro de 2022, são João Batista Scalabrini foi canonizado junto com o migrante santo Artêmides Zatti, que migrou da Itália para a Argentina.
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