3 de dezembro de 2024 Doar
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Quem está encarregado de redigir o documento final do Sínodo da Sinodalidade?

Um dos encontros do Sínodo da Sinodalidade 2024. | Vatican Media

A Santa Sé divulgou os nomes dos membros da comissão encarregada de redigir o documento final do Sínodo da Sinodalidade, que será apresentado ao papa Francisco no final da assembleia realizada este mês em Roma.

Embora o resultado da primeira sessão do Sínodo, realizada em outubro do ano passado, forneça um documento chamado “relatório de síntese”, depois dessa última etapa será elaborado um documento final.

A comissão é composta por um presidente, três secretários, sete membros representantes de cada continente e três nomeados pelo papa. No total, são 12 homens e duas mulheres.

O presidente

O presidente da comissão é o arcebispo de Luxemburgo, o cardeal jesuíta Jean-Claude Hollerich, relator-geral do Sínodo da Sinodalidade.

O relator-geral de um sínodo é responsável por apresentar o tema do sínodo no início da assembleia, falar sobre o documento de trabalho (Instrumentum Laboris), apontar os pontos de diálogo e supervisionar a preparação do documento final.

Em agosto de 2022 , o arcebispo de Luxemburgo também disse acreditar “firmemente na tradição da Igreja”, ao mesmo tempo que disse que “o importante neste processo é não mudar a doutrina”.

Depois, em outubro do ano passado, ele disse que a liberdade e a abertura experimentadas no encontro ajudarão a Igreja a “mudar no futuro”.

Os secretários

Também está incluído o secretário-especial do Sínodo da Sinodalidade, o bispo italiano dom Riccardo Battocchio, que em entrevista coletiva depois da abertura da assembleia deste mês de outubro disse que “agora não é o momento” para tomar uma decisão sobre o diaconato feminino, mas que “é bom se aprofundar” sobre o tema.

Outro responsável pela elaboração do documento será, como esperado, o secretário-geral do Sínodo, o cardeal Mario Grech, ex-presidente da Conferência Episcopal de Malta.

Em junho, o cardeal disse que “há o receio” de que os documentos de estudo para o Sínodo da Sinodalidade “não sejam levados a sério ou que ideologias e grupos de pressão dos fiéis aproveitem o caminho sinodal para impor a sua própria agenda”.

Em diversas ocasiões, o cardeal disse que o Sínodo da Sinodalidade “não é sobre esse ou aquele tema, mas sobre a sinodalidade, sobre como ser uma Igreja missionária a caminho. Todas as questões teológicas e propostas pastorais de mudança têm este objetivo”.

Também atua como secretário o secretário-especial do Sínodo da Sinodalidade, padre Giacomo Costa,presidente da Fondazione Culturale San Fedele de Milão e acompanhante espiritual nacional das Associações de Trabalhadores Cristãos da Itália.

Representantes dos diferentes continentes

O arcebispo de Kinshasa, República Democrática do Congo, dom Fridolin cardeal Ambongo Besungu, presidente do Simpósio das Conferências Episcopais de África e Madagascar (SECAM), representa a África. O cardeal é conhecido pela sua firme rejeição à bênção de uniões homossexuais no continente africano depois da publicação de Fiducia supplicans .

A América Central e do Sul incluem o arcebispo de Bogotá e primaz da Colômbia, dom Luis José cardeal Rueda Aparicio, que disse à ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, que “não devemos temer o Sínodo”.

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Catherine Clifford, professora e vice-reitora da faculdade de teologia da Universidade Saint Paul de Ottawa, Canadá, vai participar da redação do documento em nome da América do Norte.

Clifford chegou ao ponto de dizer que questões como “a expansão” do papel das mulheres ou a ordenação de homens casados, “para que mudem, o estilo de governança da Igreja deve mudar”.

O representante da Ásia será o padre Clarence Davedassan, que em outubro do ano passado disse que “a sinodalidade para a Ásia é mais do que a Igreja existir para si mesma, mas para o bem de todos”.

Da Europa foi escolhido o arcebispo de Marselha, França, dom Jean-Marc cardeal Aveline, que já fazia parte da comissão do relatório de síntese do ano passado junto com os quatro secretários mencionados e o cardeal Fridolin Ambongo.

O representante das Igrejas Católicas Orientais e do Oriente Médio é um bispo maronita do Líbano, dom Mounir Khairallah.

Em conferência de imprensa na Sala de Imprensa da Santa Sé, no sábado (5), o bispo atribuiu a escalada da guerra na Terra Santa aos “interesses” das potências mundiais.

O bispo de Sandhurst, Austrália, dom Shane Anthony Mackinlay, que representa a Oceania, disse estar “feliz que o diaconato feminino seja discutido” porque “houve uma representação muito ampla solicitando essa questão no processo de consulta de dois anos”.

Membros por nomeação pontifícia

Entre as nomeações pontifícias está o padre italiano Giuseppe Bonfrate, professor ordinário da Pontifícia Universidade Gregoriana.

Também está incluído o arcebispo de Goa e Damão, Índia, o cardeal Filipe Neri Antonio Sebastião do Rosário, patriarca das Índias Orientais. Ele foi criado cardeal pelo papa Francisco no consistório de agosto de 2022.

Por fim, a irmã Leticia Salazar, da ordem da companhia de Nossa Senhora e chanceler na diocese de San Bernardino, EUA.

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