Oct 15, 2024 / 15:59 pm
Na corda, de joelhos, doando água, vestidos de anjinhos. São várias as formas como os promesseiros agradecem a Nossa Senhora de Nazaré durante o Círio de Nazaré, em Belém (PA), por graças alcançadas.
A advogada Taise Maia era uma desses devotos que, no domingo (13), estava na frente do santuário basílica de Nazaré com o marido, o policial federal Glauber Maia, e o filho, Glauber Maia Filho, de 2 meses, vestido de anjinho.
“Ele é um milagre de Nossa Senhora de Nazaré”, disse a mãe emocionada. Taise sempre sonhou em ser mãe e sofreu três abortos. Ela contou que tem Síndrome do Anticorpo Antifosfolípide. “Uma doença que eu engravido, mas perco o bebê porque meu corpo expulsa”.
Em outubro de 2023, ela foi ao Círio de Nazaré e pediu a graça da maternidade. “Chorei muito, pedi para Nossa Senhora que, como mãe, ela sentisse a dor do meu coração e, se ela me achasse digna de ser mãe, que ela me ajudasse a alcançar essa graça”. Ela prometeu que, se tivesse um filho, “até os seis anos de idade, ele viria de anjinho para o Círio”. No mês seguinte, Taise descobriu que estava grávida.
“Para mim é uma bênção, a gente viveu anos difíceis, foram três gestações frustradas. Mas, graças à nossa Mãe de Nazaré, o Glauber Filho está aqui hoje, nosso bebê arco-íris. Isso é uma graça nas nossas vidas. É uma sensação indescritível, é uma sensação de vitória”, disse o pai Glauber Maia.
Outro anjinho que estava entre a multidão na Praça do Santuário, em frente à basílica, era o pequeno José Lucas, de um ano e um mês. Ele estava com a mãe, a fisioterapeuta Jéssica Portela, o pai, o empresário Douglas Caldeira, e a avó Rosane Portela. A família viajou 12 horas de Brasil Novo (PA) até Belém para agradecer a Nossa Senhora por ter intercedido pela saúde de do menino.
“José Lucas nasceu com uma doença rara, chamada megacolon congênito, e a nossa Mãezinha, Nossa Senhora de Nazaré nos concedeu que ele fosse curado dessa doença”, contou Jéssica Portela. A família pediu a “a intercessão de Nossa Senhora e Ela trouxe essa bênção, esse milagre”, disse. O menino passou por um procedimento cirúrgico e hoje está bem.
Esta foi a primeira vez que a família levou José Lucas ao Círio de Nazaré e a mãe dele disse que, a partir de agora, vão leva-lo “em todos os Círios”.
“Nossa Senhora de Nazaré representa muita fé, devoção, bênção, é tudo. Nossa Senhora é nossa mãe. Sem Ela, não seremos nada”, completou.
A devota Dicleia Silva viajou três horas de Santo Antônio do Tauá (PA) até Belém com a neta Laiane Silva, de 8 anos, também vestida de anjinho, por causa de uma promessa. Há algum tempo, a menina teve uma convulsão por causa de uma febre alta e foi levada ao hospital. “Ela ficou toda roxinha”, recordou a avó.
“Quando chegamos ao hospital e o médico disse que era cinco minutos para transferi-la para Belém. Naquele momento, eu me ajoelhei e pedi a minha Nossa Senhora para que ela ficasse boa e reagisse. E naquele momento, ela reagiu”, contou.
Também na Praça Santuário, a devota Edna Nunes, de 64 anos, chegou de joelhos, rezando a Ave-Maria e dizendo “obrigada minha Nossa Senhora de Nazaré, obrigada minha mãe, obrigada meu Deus”. Segundo a sobrinha dela, Raissa Lemos, que a acompanhou, Edna “passou por um câncer e estava entre a vida e a morte na sala de cirurgia e fez essa promessa para Nossa Senhora de Nazaré, que se ela sobrevivesse à cirurgia, ela vinha de joelhos”. Edna cumpriu a promessa em um trecho próximo à basílica.
A promesseira Nadia Martins de Melo, de 42 anos, de Ananindeua (PA), fez todo o trajeto de 3,7 km do Círio de joelhos, para agradecer pela cura de sua mãe também de um câncer.
Nadia disse que, quando descobriu a doença da mãe, se apegou “com Deus primeiramente, depois com a Senhora de Nazaré”. E prometeu que se ela fosse curada, iria de joelhos no Círio. “E hoje eu estou aqui. Missão cumprida”, disse ao chegar ao santuário basílica de Nazaré. “Eu estou me sentindo aliviada, dever cumprido. Tudo que eu fiz foi para ela”, acrescentou.
Há três anos, a devota Gleiciane Pinheiro fez uma promessa a Nossa Senhora de Nazaré a fim de ajudar os outros promesseiros, de que iria doar copos de água. Ela contou que fez a promessa por uma “graça de saúde, que é o que mais a gente precisa”, por um problema no trabalho de seu marido, que logo conseguiu se reestruturar, e “em agradecimento por um bem que tinha conseguido na época, que era um carro”.
“Eu queria muito fazer a doação de água”, disse Gleiciane. Segundo ela, Nossa Senhora a ajudou até mesmo a cumprir a promessa. “Naquele momento, a meta era chegar a cem pacotes. Eu só consegui 60. Eu acionei minha família, tias, primos. Nós conseguimos reunir forças e viemos para cá com 114 pacotes. No ano passado, nós fomos para 120. Este ano, fomos para quase 140. Estamos crescendo, porque a cada ano junta mais pessoas”, disse. Para ela, o momento do Círio de Nazaré quando pode entregar os copos de água para os promesseiros “é muito importante”.
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