17 de novembro de 2024 Doar
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Diocese de Roraima tem programação especial para a canonização do beato José Allamano

Beato José Allamano. | Crédito: Vatican News.

O fundador dos missionários e das missionárias da Consolata, o beato José Allamano, vai ser canonizado no domingo (20), Dia Mundial das Missões, no Vaticano. A diocese de Roraima, onde aconteceu o milagre para a canonização, tem uma programação especial para essa celebração.

Um tríduo de preparação para a canonização está acontecendo nas comunidades, áreas missionárias, paróquias e interior de Roraima. O tríduo começou na quarta-feira (16) e termina hoje (18).

Haverá uma vigília de oração amanhã (19) às 19h na casa dos missionários da Consolata, em Calunga.

A missa de canonização celebrada pelo papa Francisco na Praça de São Pedro, no Vaticano, será às 10h30 (3h no horário de Brasília) e terá a transmissão da Rede Vida TV. Também serão canonizados Manuel Ruiz López e sete companheiros; Francesco, Mooti e Raffaele Massabki; Marie-Léonie Paradis; e Elena Guerra.

A missa diocesana em ação de graças a são José Allamano será no dia 26 de outubro, às 19h, na Paróquia Catedral Cristo Redentor e será transmitida pelas redes sociais.

O milagre por intercessão de José Allamano foi recebido pelo indígena Yanomami Sorino, que mora na missão Catrimani, reserva indígena do povo Yanomami em Roraima. 

O bispo de Roraima, dom Evaristo Pascoal Spengler, contou a história do milagre, em uma carta datada de 1º de julho por ocasião do anúncio da canonização do beato Allamano.

Em 7 de fevereiro de 1996, o indígena Sorino foi atacado por uma onça, “que feriu gravemente a sua cabeça, abrindo-lhe a caixa craniana”. Ele foi socorrido pelas missionárias da Consolata que trabalhavam na missão Catrimani e o levaram para o hospital de Boa Vista (RR).

Era o primeiro dia da novena ao bem-aventurado José Allamano. “As missionárias ofereceram a novena nesta intenção e por intercessão do Pai Fundador, Sorino recuperou milagrosamente a saúde em poucos meses e ainda hoje vive em sua comunidade indígena”, contou dom Evaristo Spengler.

O beato José Allamano

José Allamano nasceu em 21 de janeiro de 1851, em Castelnuovo D’Asti, Itália. Era sobrinho de são José Cafasso. Era o quarto de cinco filhos e seu pai morreu quando tinha três anos.

Em Turim, onde passou sua vida, iniciou os estudos ginasiais no Oratório de Dom Bosco. Segundo biografia publicada no site do Instituto Missões Consolata, “dom Bosco descobriu no garoto, de apenas 11 anos, excelentes qualidades para torná-lo um membro da Sociedade Salesiana, mas o jovem Allamano tinha outro ideal: ‘Deus me chama agora... não sei se me chamará outra vez, dentro de três ou quatro anos!’, diz aos seus irmãos - e ingressa no Seminário Diocesano de Turim”.

Foi ordenado padre em 20 de setembro de 1873, aos 22 anos. Foi professor de Teologia, reitor do Colégio Eclesiástico e reitor do santuário de Nossa Senhora Consolata em Turim, por 46 anos.

“Tinha projetos para o mundo. Com saúde frágil, impossibilitado de partir para as missões, enviou outros em nome da Consolata”, diz sua biografia. Em 29 de janeiro de 1901, obteve a aprovação para o Instituto Missões Consolata dos padres e irmãos.  Nove anos depois, em 29 de janeiro de 1910, fundou em Turim outro instituto para as missões, o das irmãs Missionárias da Consolata.

O padre José Allamano morreu em Turim, em 16 de fevereiro de 1926, junto ao santuário de Nossa Senhora Consolata. Foi beatificado em 7 de outubro de 1990.

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