8 de dezembro de 2024 Doar
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Cardeal espera do papa exortação pós-sinodal clara, contundente e que dê esperança

Dom Carlos Aguiar cardeal Retes. | Daniel Ibáñez/EWTN News

O arcebispo da Cidade do México, dom Carlos Aguiar cardeal Retes, espera uma exortação pós-sinodal “clara, contundente e que dê esperança”. O arcebispo primaz do México falou à ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, sobre sua experiência como um dos presidentes delegados do Sínodo da Sinodalidade.

As duas sessões do Sínodo feitas em Roma foram, segundo o cardeal, uma oportunidade para divulgar “positivamente” várias experiências de um processo que começou em outubro de 2021 e vai continuar até 2027.

O cardeal disse que o conteúdo que a Conferência do Episcopado Mexicano (CEM) enviou aos participantes do sínodo resulta de visitas pastorais a 420 paróquias e de propostas do conselho pastoral paroquial e de reflexões com fiéis e jovens das paróquias.

Dom Retes disse também que este ano “as conclusões do ano passado foram esclarecidas e melhor compreendidas”, e que “a metodologia melhorou”.

Ao falar sobre sua homilia na missa sinodal que celebrou em 16 de outubro na basílica de São Pedro, no Vaticano, o cardeal disse que existem diferentes “presenças e comportamentos” que “criticam e dificultam a aplicação da vida sinodal”.

O cardeal disse à ACI Prensa que, no âmbito eclesiástico, costuma haver uma “resistência para continuar” e falou especialmente aos párocos.

“O modelo tradicional de espera dos fiéis no templo paroquial, deixa de lado as saídas aos ambientes do seu território para promover a proximidade e participação das instituições e organizações leigas presentes”, disse o arcebispo.

Sobre a esfera social, dom Retes disse ser necessária uma presença na “vida digital” e que devem ser evitados comportamentos que ponham em dúvida “a aplicação sinodal, missionária e misericordiosa da Igreja”.

O arcebispo disse também que um dos desafios fundamentais é que todos os participantes “promovam e colaborem nas suas próprias responsabilidades diocesanas, nacionais e continentais”.

Quanto ao debate sobre dar às conferências episcopais o poder de tomar decisões litúrgicas, disciplinares e até teológicas, o cardeal disse que não houve “uma discussão aprofundada” no sínodo.

Em vez disso, disse dom Retes, “foram esclarecidos os serviços dos Dicastérios e a necessidade permanente de partilhar essas possíveis decisões disciplinares com as conferências episcopais”.

O arcebispo disse também que há reflexões sobre o estabelecimento de algumas formas concretas de avaliação das comunidades da Igreja por seus dirigentes", ao falar que isso deve ser feito "nos conselhos específicos instituídos pelo direito canônico, nos conselhos econômicos episcopais e diocesanos, e nas respectivas paróquias”.

O cardeal Retes disse também que a tarefa da secretaria-geral do sínodo é estabelecer um “caminho sinodal” permanente na Igreja, já que “a sua missão não termina com o sínodo em Roma”.

O cardeal disse que questões controversas - como o acesso das mulheres ao diaconato ou a possível ordenação de homens casados ​​- foram confiadas a comissões específicas "que encaminharam as suas reflexões e propostas, examinadas pela maioria”.

“Deixaremos nas mãos do santo padre para seu conhecimento e decisão”, disse dom Retes.

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