21 de novembro de 2024 Doar
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O sínodo não toma nenhuma decisão contra o Evangelho, diz cardeal colombiano

O arcebispo de Bogotá, Colômbia, dom Luis José Rueda Aparicio. | EWTN en Español

O arcebispo de Bogotá, Colômbia, dom Luis José Rueda Aparicio, disse à EWTN en Español que no Sínodo da Sinodalidade “não se toma nenhuma decisão contra o Evangelho ou a Tradição”.

“Se você tem medo da experiência que está sendo vivida do sínodo, fique tranquilo, retome a paz, retome a serenidade, aqui não se tomam decisões contrárias ao que tem sido a história de dois mil anos de seguir a Jesus Cristo”, respondeu o arcebispo sobre o que diria a quem sente que “essa já não é a Igreja”, feita por Omar Aguilar, do programa Perspectiva Católica.

No sínodo, que começou no Vaticano o dia 2 de outubro e acaba no próximo domingo (27), “se busca nos transformarmos para servir melhor porque há 200 anos, não existiam certos desafios que temos hoje”, disse o arcebispo.

“Portanto, o que a Igreja busca hoje é compreender a realidade que vive a sua família, o seu povo, a sua nação e tentar responder-lhe, encher de esperança, de possibilidades de vida a família que está confusa e triste”, disse o cardeal Rueda.

“Quando falamos de mudança, não é esquecer ou rejeitar coisas do caminho que a Igreja viveu na sua história de salvação, mas muito pelo contrário: é pegar aqueles tesouros que temos na história da salvação e colocá-los na linguagem e na forma adequada para responder a novos desafios”.

Três elementos básicos para ser discípulo missionário

O cardeal destacou três elementos para que cada batizado possa “viver a sua alegre condição de discípulo missionário”.

A oração

“Primeiro, a oração. Não negligencie a oração, a oração pessoal” e também a “oração comunitária, que tem a sua profundidade e a sua plenitude na Eucaristia, no sacramento da Eucaristia”.

“Um cristão com oração é um batizado que no silêncio da sua interioridade e da sua consciência encontra Deus”, disse o cardeal colombiano.

O discernimento

O segundo elemento é “o dom do discernimento para saber compreender em cada momento da sua vida, na concretude da sua vida, o que Deus quer. Não o que você quer fazer, não o que você acredita ser melhor, mas a vontade de Deus, porque Deus tem um plano para você, para sua família e para toda a sua vida”.

O amor

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O terceiro elemento é a caridade ou o amor: “Não nos serviria de nada rezar e discernir se não amamos. O amor nos leva a ser fraternos, o amor nos leva a perdoar uns aos outros, o amor nos leva a superar essas polarizações, as rivalidades, as invejas, aquele preconceito permanente que o outro pensa contra mim”.

“Quando somos capazes de amar, somos capazes de nos encontrar, de encontrar a forma de nos unirmos e de procurar o bem comum, o bem de todos. Não só dos católicos, mas também de toda a humanidade que necessita daquela presença amorosa do Pai, do Filho e do Espírito Santo”.

O documento final do Sínodo da Sinodalidade

O cardeal Rueda também encorajou todos os cristãos a se formarem permanentemente e a participarem juntos na missão da Igreja, que é anunciar o Evangelho a todos.

Sobre o documento final do sínodo, o arcebispo de Bogotá disse que “isso não é o mais importante”, mas o documento final está em elaboração desde consultas em sua paróquia, em sua diocese.

“Aí, no documento final, está também a sua contribuição simples, humilde, com medos, com esperanças”.

“O mais bonito para nós que estamos neste trabalho é que descobrimos a ação do Espírito Santo que toma conta das vozes”, disse o arcebispo colombiano. “De repente, nem a inteligência artificial nem a inteligência humana seriam capazes de pôr e juntar o que a voz diversa nos diz. Porém, quando é o Espírito Santo que atua, pega a diversidade dos elementos e dá-lhes unidade”.

O cardeal disse também que o texto estará primeiro a serviço do papa, que vai decidir o que fazer com ele, e depois a serviço de toda a Igreja.

O Sínodo da Sinodalidade é a 16ª assembleia geral do Sínodo dos Bispos, instituição criada pelo papa são Paulo VI depois do Concílio Vaticano II. Como regra, um sínodo dos bispos produz um documento final a ser entregue ao papa. De posse do documento, o papa pode escrever uma exortação pós-sinodal aceitando ou não as propostas feitas pelos bispos.

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