23 de novembro de 2024 Doar
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Dom Orani dá orientações para o Jubileu 2025 na arquidiocese do Rio de Janeiro, em carta pastoral

Dom Orani escreveu uma carta pastoral com orientações para o Jubileu 2025 na arquidiocese do Rio de Janeiro | Facebook/Arquidiocese do Rio de Janeiro

“A proclamação do novo jubileu a ser celebrado em 2025 é uma oportunidade para que o povo cristão reflita acerca do momento histórico que vivemos”, escreveu o arcebispo do Rio de Janeiro, cardeal Orani João Tempesta, em uma carta pastoral por ocasião do Jubileu 2025. Ele disse que, “atendendo ao convite” do papa Francisco, irá “celebrar solenemente o jubileu, tanto indo nas peregrinações a Roma como também na arquidiocese”. Por isso, fez algumas “orientações e determinações próprias” para a arquidiocese do Rio de Janeiro.

Dom Orani disse que, “a cada 25 anos a Igreja proclama o Ano Santo ordinário” e, por isso, o papa Francisco anunciou no dia 11 de fevereiro de 2022 “para toda a Igreja o lema que brotou do seu coração para este Jubileu Ordinário em 2025: Peregrinos da Esperança” e “a partir da meditação dessa importante virtude teologal”, o papa indica que o Jubileu 2025 “poderá favorecer imensamente a recomposição de um clima de esperança e confiança, como sinal de um renovado renascimento do qual todos sentimos a urgência”.

Jubileu na arquidiocese do Rio de Janeiro

Com relação ao Jubileu 2025 na arquidiocese do Rio de Janeiro, o arcebispo disse que “a bula Spes non confundit do papa Francisco, o decreto da Penitenciaria Apostólica sobre as normas para a concessão da indulgência jubilar e o ritual contendo os textos litúrgicos para serem usados durante o jubileu são os documentos da Santa Sé que nortearão a organização e a ação pastoral do jubileu ordinário na arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro” e destacou que o vicariato de pastoral é “o órgão responsável pelo Jubileu Ordinário” na arquidiocese.

Ele também ressaltou que a arquidiocese do Rio de Janeiro tem “quatro padres ‘missionários da misericórdia’ que receberam do papa a faculdade de ouvir confissões dos fiéis e, no foro interno, conceder a absolvição de pecados reservados”. “Esse grande dom que recebemos é muito importante para a missão de misericórdia em nossa arquidiocese, e está a serviço de todos os que buscarem esses sacerdotes para a absolvição dos pecados reservados”, pontuou.          

Sobre a abertura do Jubileu 2025 na arquidiocese do Rio de Janeiro, o cardeal disse que acontecerá na catedral de São Sebastião do Rio de Janeiro no dia 29 de dezembro de 2024, festa da Sagrada Família, “quando será concedida a bênção papal, acompanhada de indulgência plenária”.

“A data está inserida no quinto dia da oitava do Natal em consonância com a motivação principal do jubileu: a celebração do mistério da encarnação e nascimento de nosso Senhor Jesus Cristo. A celebração de abertura, conforme indica o ritual, começará às 10h no Largo da Carioca (centro), onde se localiza o pátio externo da Igreja do convento de santo Antônio”, disse o arcebispo. Segundo ele, “esta celebração assinala o início do ano pastoral arquidiocesano cujas atividades terão o mesmo objetivo do jubileu: ser um tempo forte da graça onde a esperança deve inspirar a conversão e a missão”.

“As atividades do II Sínodo Arquidiocesano, que reflete sobre o nosso compromisso com a missão, devem alcançar um maior número de pessoas neste tempo do jubileu, quando somos chamados a ser arautos da esperança que não decepciona (Rm 5,5), isto é, Jesus Cristo! (1Tm 1,1). Portanto, todos os organismos de nossa arquidiocese são chamados, durante o Ano Santo, a viver este tempo forte da graça de Deus promovendo estudos, formações, peregrinações, visitas aos lugares sagrados previstos (Igrejas Jubilares), para lucrar as indulgências e reavivar a esperança de todos. Os grupos poderão se organizar conforme sua disponibilidade e em diálogo com os responsáveis pela Igreja Jubilar”, frisou o arcebispo.

Ainda sobre “a celebração de abertura do jubileu ordinário” na arquidiocese, dom Orani enfatizou que “será única e não haverá abertura nas igrejas jubilares de acordo com as instruções recebidas nos documentos”. Por isso, convida “todos os fiéis” a se reunirem com ele na catedral. “Será uma grande alegria presidir esta cerimônia junto ao rebanho que Jesus Cristo, o Bom Pastor, me confiou”, pontuou.

O cardeal contou que a abertura do Jubileu 2025 na arquidiocese do Rio de Janeiro irá iniciar com “o rito com a saudação prevista”, depois “a proclamação do Evangelho e a procissão em direção à catedral”.

“Nesta procissão, será levada a cruz, sinal da vitória de Cristo sobre o pecado, o mal e a morte, e símbolo da nossa Esperança e da nossa arquidiocese. Esta cruz possui as características peculiares de nossa identidade católica e cultura carioca: remete à Jornada Mundial da Juventude, realizada em 2013 no Rio de Janeiro com a presença do papa Francisco (em sua primeira viagem apostólica) e traz no seu interior a silhueta do Cristo Redentor”, destacou. “À porta da catedral, a cruz será erguida para veneração a fim de que todos possam aclamar que Cristo é a nossa esperança e que não seremos confundidos eternamente! Em seguida entraremos solenemente no templo para fazer memória do nosso batismo com a bênção e aspersão da água. Então entoaremos o hino de louvor e a missa prossegue como de costume”.

Igrejas jubilares da arquidiocese 

Quanto às Igrejas jubilares da arquidiocese do Rio de Janeiro, o arcebispo disse que ao todo serão 21 igrejas jubilares. “Além das basílicas menores e dos santuários designados já previstos, cada vicariato territorial terá uma igreja jubilar”. “Para que os fiéis possam realizar a peregrinação e receber a indulgência plenária uma vez ao dia, tanto para si como para os defuntos”, estas igrejas, receberão “o distintivo (quadro)” que as identifica como “Igrejas jubilares” da arquidiocese, “antes da bênção final” da missa de abertura do Jubileu.

“Todas estas Igrejas fixarão o distintivo à porta do templo a fim de identificá-las. Nestes ‘lugares sagrados de acolhimento e espaços privilegiados para gerar esperança’, cada pároco ou reitor deve usar da criatividade pastoral para favorecer o propósito do jubileu, adotando uma postura de acolhimento alegre, disponível e generoso bem como a formação de equipes de acolhida e catequese, entre outros. Isso incluiu a realização de peregrinações, visitas, missas para o Ano Santo, a administração do sacramento da confissão, como também momentos de formação, oração e celebração”, ressaltou.

As Igrejas jubilares da arquidiocese do Rio de Janeiro são: a catedral de São Sebastião do Rio de Janeiro, no centro do Rio;  a basílica menor da Imaculada Conceição, em Botafogo; a basílica menor do Imaculado Coração de Maria, no Méier; a basílica menor de Nossa Senhora de Lourdes, em Vila Isabel;  a basílica menor de Santa Teresinha, em Tijuca; a basílica menor de Nossa Senhora da Penha, na Penha; a basílica menor de São Sebastião, em Tijuca; a basílica menor são João Batista da Lagoa, em Botafogo; o santuário do Cristo Redentor, no Corcovado; o santuário da Mãe e Rainha três vezes admirável de Schoenstatt, em Vargem Pequena; o santuário de Nossa Senhora de Fátima, no Recreio; o santuário de Nossa Senhora das Graças da Medalha Milagrosa, em Tijuca; o santuário Nossa Senhora do Loreto, em Freguesia; o santuário da Divina Misericórdia, em Vila Valqueire; a paróquia são Jerônimo, em Coelho Neto; a paróquia Imaculada Conceição, em Recreio; a paróquia Nossa Senhora do Desterro, em Campo Grande; a paróquia Nossa Senhora da Conceição, em Campinho; a paróquia Nossa Senhora da Apresentação, em Irajá; a paróquia Nossa Senhora da Conceição, no Realengo e a paróquia Nossa Senhora da Conceição, em Santa Cruz.

Celebração Arquidiocesana

Ainda para celebrar o Jubileu 2025, com o desejo que a “graça divina do Ano Santo” alcance “a todos, sobretudo” a cidade do Rio de Janeiro, “cujos males da violência e das injustiças tentam anular a esperança no coração” do povo carioca, o arcebispo do Rio de Janeiro informou que a arquidiocese irá realizar no dia 17 de maio de 2025, às 15h, um evento arquidiocesano chamado “Cristo é nossa Esperança, Paz e Reconciliação!”.

Segundo dom Orani, “este grande evento será realizado em cada vicariato territorial neste mesmo dia e horário, com a presença de um bispo auxiliar, padres, diáconos, seminaristas, religiosos(as), consagrados(as), leigos(as), o povo de Deus presente nas paróquias e todas as pessoas que desejarem realizar a experiência do amor de Deus em suas vidas e na vida do próximo, tão marcada pela desesperança”.

Encerramento do Ano Santo na arquidiocese

O encerramento do Ano jubilar na arquidiocese do Rio de Janeiro será celebrado por dom Orani, no dia 28 de dezembro de 2025, na festa da Sagrada Família, às 10h, na catedral de São Sebastião do Rio de Janeiro. Segundo o arcebispo, “as Igrejas jubilares não terão encerramento, apenas recolherão o distintivo do jubileu e o levarão para a catedral, neste mesmo dia, entregando-o nessa missa solene”.

“Permitamos que a experiência do Jubileu nos faça mudar não apenas o nosso olhar sobre a realidade, mas, principalmente, as nossas ações. Em uma realidade de violência, nossas atitudes sejam de paz, em uma realidade de abandono, nossas atitudes sejam de acolhida, em uma realidade de condenação, nossas atitudes sejam de perdão, em uma realidade de intolerância, nossas atitudes sejam de tolerância. Enfim, que a fé que professamos com os lábios possa ser testemunhada através de nossas ações concretas, manifestando Aquele a quem encontramos e seguimos, Cristo Jesus”, pediu o cardeal.

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