25 de outubro de 2024 Doar
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O legado do Sínodo da Sinodalidade será ‘implementar o Concílio Vaticano II’, diz cardeal jesuíta

O cardeal Michael Czerny fala à EWTN News no Sínodo da Sinodalidade na segunda-feira (22). | Daniel Ibáñez/CNA

O prefeito do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, cardeal Michael Czerny, espera que o legado do Sínodo da Sinodalidade convocado pelo papa Francisco, seja “uma Igreja mais sinodal” que encontre o modo de melhor desempenhar “sua função através da história”.

“Descobrimos que o modo de fazer isso é basicamente implementar o [Concílio] Vaticano II”, disse o cardeal jesuíta canadense a Catherine Hadro e Matthew Bunson, apresentadores da EWTN News.

“A percepção central do Vaticano II é que todos nós desfrutamos da mesma dignidade como cristãos por meio do nosso batismo”, disse Czerny. “É como o povo de Deus que caminhamos juntos — os que somos ordenados, ou temos autoridade, ou ambos — que estão a serviço do povo de Deus”, disse o cardeal Czerny. “Esse tipo de serviço precisa ser renovado e, em certo sentido, atualizado.”

Para responder “de forma mais eficaz, mais flexível, mais generosa” à “grande fome e sede” das pessoas, dom Czerny disse que a sinodalidade tem o objetivo de confirmar a autoridade e a tradição da Igreja.

“Se quiser resumir o sínodo, estamos buscando maneiras e meios de assegurar esse tipo de autoridade para que a Igreja seja capaz de cumprir sua missão e não seja prejudicada ou distraída por pecados e erros que, de fato, consomem e erradicam a autoridade”, disse o cardeal à EWTN News.

Sobre o tema da participação das mulheres na Igreja, o cardeal disse que os diferentes ministérios das mulheres podem ser melhor “integrados” dentro das estruturas da Igreja, de modo a proporcionar melhor “reconhecimento, autoridade, formação [e] recompensa” pelo trabalho que fazem a serviço de Deus e dos outros.

Apesar dos “enormes desafios dos nossos tempos” — como a migração forçada ou os conflitos — dom Czerny diz que muitos dos fiéis católicos que vivem marginalizados ou nas periferias são testemunhas de uma “Igreja esperançosa” e, portanto, são um exemplo para os outros.

“Os migrantes não são apenas nossa profunda preocupação em termos de solidariedade, apoio e evangelização. Mas eles também são um sinal da mobilidade e da coragem de que a Igreja precisa”, disse dom Czerny.

“Não lhes falta esperança, não lhes falta engenhosidade e não lhes falta criatividade missionária. Então eu diria que, tanto quanto eles ganham nossa preocupação e simpatia, eles também ganham nossa admiração”, disse o cardeal.

Segundo o cardeal, o impacto e o legado da sinodalidade vão se estender além da Igreja e alcançar o mundo secular.

“Acredito que muitos de nós estamos reconhecendo e vivenciando que a sinodalidade contribuiria muito para tornar este mundo mais pacífico, mais humano, mais justo e, finalmente, mais cristão”, disse dom Czerny.

“Isso nos encoraja. Não estamos apenas fazendo limpeza interna da Igreja. Na verdade, estamos preparando propostas efetivas e importantes para a comunidade mundial”.

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