16 de dezembro de 2024 Doar
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Bispo de Itabuna (BA) tem pedido de renúncia aceito pelo papa Francisco

Dom Carlos Alberto dos Santos era bispo de Itabuna desde 2017 | Facebook/Diocese de Itabuna

O atual bispo de Itabuna (BA), dom Carlos Alberto dos Santos teve seu pedido de renúncia aceito hoje (30) pelo papa Francisco. Com a renúncia aceita, o papa Francisco nomeou administrador apostólico de Itabuna, dom Jailton de Oliveira Lino, bispo de Teixeira de Freitas – Caravelas (BA).

Dom Carlos Alberto tem 69 anos. Segundo o cânon 401 do Código de Direito Canônico, um bispo pode apresentar seu pedido de renúncia quando completar 75 anos de idade ou “em virtude da sua precária saúde ou outra causa grave” que “se tenha tornado menos apto para o desempenho do seu ofício”. A ACI Digital procurou o bispo, mas não teve retorno sobre o motivo de sua renúncia.

Dom Carlos Alberto dos Santos nasceu no dia 2 de outubro de 1955, em Tobias Barreto (SE). Foi ordenado padre no dia 21 de maio de 1983, em sua terra natal. Em 15 de junho de 2005, foi nomeado bispo de Teixeira de Freitas – Caravelas (BA), pelo papa Bento XVI, e ordenado bispo em 26 de julho do mesmo ano, em Aracaju. Em 1º de fevereiro de 2017, foi nomeado bispo de Itabuna (BA), pelo papa Francisco.

Em março de 2023, o bispo foi acusado pelo Ministério Público de receber salário de professor da educação básica na rede estadual de ensino em Sergipe, sem trabalhar, desde 2005, quando foi nomeado bispo de Teixeira de Freitas - Caravelas (BA). Com a denúncia, a Justiça de Sergipe determinou o bloqueio dos bens de dom Alberto, em um valor total de R$ 778.127,59.

Dias depois da acusação, dom Carlos Alberto escreveu uma nota explicando que ele “não foi condenado, especialmente porque ainda não tomou conhecimento formal de qualquer ação ajuizada em seu desfavor. Sendo assim, também não se sustenta a informação que foi condenado a restituir aos cofres públicos a quantia de R$ 778.127,59 (setecentos e setenta e oito mil, cento e vinte e sete reais e cinquenta e nove centavos)”.

Ele também ressaltou na época que seu nome “não foi citado para contestar a ação” e “embora tenha sido instaurado um processo administrativo disciplinar para apurar suposto abandono de emprego”, ele havia ajuizado “uma ação na justiça do Estado de Sergipe” a fim “de anular a decisão administrativa que determinou a sua demissão por abandono de cargo”. E “como a legalidade do ato que motivou a demissão ainda está sendo discutida judicialmente não poderia ser divulgado que foi condenado e demitido por ser funcionário fantasma, como erroneamente foi veiculado pela imprensa”.

Mensagem do administrador apostólico de Itabuna

Dom Jailton de Oliveira, nomeado administrador apostólico de Itabuna, escreveu uma mensagem à diocese informando que se coloca “à disposição da Igreja para corresponder ao propósito de fortalecer os vínculos da fé, esperança e caridade” e, “em comunhão e unidade com o Santo Padre, com os irmãos no episcopado e com toda a Igreja de Deus”, empenhará “todos os esforços para o bem” da diocese.

Ele também pediu orações e agradecimento “por dom Carlos Alberto dos Santos, que, até este momento, foi o bispo” de Itabuna e “por todo o trabalho realizado por ele em prol desta diocese”. “Que o Senhor o recompense e o cumule de graças em sua vida”, rogou o bispo.

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