2 de dezembro de 2024 Doar
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“A fonte de tudo é o amor”, diz o papa Francisco

O papa Francisco cumprimenta os fiéis reunidos na Praça de São Pedro, no Vaticano, no domingo, 3 de novembro, para a recitação do Ângelus. | Crédito: Vatican Media.

 “Jesus nos diz que a fonte de tudo é o amor”, disse o papa Francisco antes da oração do Ângelus de hoje (3), aos fiéis reunidos na Praça de São Pedro, no Vaticano. “O Senhor virá e nos perguntará sobretudo sobre o amor”.

Francisco disse que o Evangelho de hoje, tirado de Mc 12,28-34, “nos conta uma das muitas discussões que Jesus teve no templo de Jerusalém”, na qual um escriba lhe pergunta “qual é o primeiro de todos os mandamentos?”

“Jesus nos dá a resposta, combinando esses dois mandamentos que são os principais: ‘Amarás o Senhor teu Deus’ e ‘amarás o teu próximo’”, disse o papa.

Francisco disse que “esta questão é essencial também para nós, para a nossa vida e para o caminho da nossa fé”, porque “também nós, de fato, às vezes nos sentimos perdidos em tantas coisas e perguntamo-nos: mas, afinal, o que é o mais importante de tudo? Onde posso encontrar o centro da minha vida, da minha fé?”

O papa disse que “Jesus nos diz que a fonte de tudo é o amor, que nunca devemos separar Deus do homem”, destacando que “ao discípulo de todos os tempos o Senhor diz: no seu caminho o que conta não são as práticas externas, como holocaustos e sacrifícios, mas a disposição do coração com que você se abre a Deus e aos seus irmãos no amor”.

“Podemos fazer muitas coisas, de fato, mas fazê-las só por nós mesmos e sem amor, isso não funciona; fazê-las com o coração distraído ou com o coração fechado, isso não funciona. “Tudo deve ser feito com amor”, disse.

Francisco disse que “o Senhor virá e nos perguntará antes de tudo sobre o amor: 'Como você tem amado?', por isso “é importante fixar em nosso coração o mandamento mais importante. Qual é ele? Amar o Senhor, teu Deus, e amar o próximo como a si mesmo”.

“E todos os dias façamos nosso exame de consciência e nos perguntemos: o amor a Deus e ao próximo é o centro de minha vida? Minha oração a Deus me impulsiona a ir ao encontro de meus irmãos e amá-los gratuitamente? Reconheço a presença do Senhor no rosto dos outros?”

“A Virgem Maria, que levou impressa no seu coração imaculado a lei de Deus, ajuda-nos a amar o Senhor e os irmãos”, disse.

“O que eu faço pelo povo de Valência?”

No final da oração do ângelus dominical, o papa Francisco voltou a dirigir palavras aos que sofrem com as inundações causadas pela Depressão Cerrada em Altura (DANA) na Espanha, especialmente em Valência, onde há mais de 214 mortos.

“Continuemos a rezar por Valência e por outros povos da Espanha que estão sofrendo tanto nestes dias. O que eu faço pelo povo de Valência? Rezo? Ofereço algo? Pensem sobre esta pergunta”, perguntou

Que a “guerra seja proibida”

Francisco também reiterou o seu apelo à paz, “e que este princípio seja implementado em todo o mundo: a guerra é proibida e os problemas são resolvidos através da lei e da negociação”.

“Calem-se as armas, seja dado espaço ao diálogo”, exortou, garantindo ao mesmo tempo que “rezamos pelos martirizados Ucrânia, Palestina, Israel, Myanmar e Sudão do Sul”.

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