Nov 8, 2024 / 11:11 am
Ativistas pró-vida chamaram a atenção para a importância da derrota da candidatura presidencial democrata de 2024 nos EUA, que estava amplamente centrada no aborto.
“Os americanos rejeitaram a agenda de aborto sem limites dos democratas”, disse Marjorie Dannenfelser, presidente da organização pró-vida Susan B. Anthony Pro-Life America.
Ao se preparar para as eleições deste ano, a vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, ampliou alegações de que mulheres morrem por causa de leis de republicanos sobre o aborto, embora nenhum Estado nos EUA proíba cuidados que salvem a vida de uma mulher grávida. Harris prometeu restaurar os padrões do período de Roe x Wade, decisão judicial que legalizou o aborto nos EUA em 1973 e foi revogada em junho de 2022 pela Suprema Corte dos EUA. A vice-presidente também rejeitou firmemente isenções religiosas nas leis federais de aborto dos EUA.
O companheiro de chapa de Harris, o governador de Minnesota, Tim Walz, é conhecido pela lei de aborto tardio que ele assinou em Minnesota, que não tem limites para o aborto em nenhum estágio da gravidez. Dannenfelser disse que, para sua organização, seu "objetivo primordial" nessas eleições era "negar aos democratas a chance de aprovar um mandato nacional de aborto em todos os trimestres [da gravidez] e acabar com as proteções para bebês e mulheres em todos os 50 estados".
Na campanha, o agora presidente eleito Donald Trump prometeu várias vezes não instituir uma proibição nacional ao aborto. Ele também surgiu como um defensor declarado da fertilização in vitro (FIV), um processo projetado para ajudar casais inférteis a terem filhos, mas que cria muitos embriões que são descartados no processo.
O Catecismo da Igreja Católica (número 2377) diz que a FIV é “moralmente inaceitável” porque separa o ato conjugal da procriação e estabelece “o domínio da técnica” sobre a vida humana.
No único debate presidencial dos dois candidatos, em 10 de setembro, Trump disse que as leis sobre aborto deveriam ser deixadas para os Estados decidirem. Ele também prometeu considerar restaurar a proibição de financiamento de abortos no exterior pelos contribuintes americanos e estabelecer isenções religiosas para qualquer programa governamental que exija cobertura de seguro de saúde para fertilização in vitro (FIV).
Grupo pró-vida atribui sucesso pró-vida à 'educação eficaz'
As forças pró-vida prevaleceram na Flórida e em Nebraska nas eleições desta semana, apesar de terem sido muito superadas em gastos por seus oponentes pró-aborto em ambos os Estados. Na Flórida, os apoiadores de uma emenda ao aborto tinham um fundo de campanha de mais de US$ 118 milhões (R$ 679,9 milhões). Em contraste, os principais comitês de campanha pró-vida que se organizaram em oposição à emenda tinham apenas US$ 12 milhões (R$ 69,1 milhões) em financiamento.
Nebraska foi o único Estado a ter duas medidas de votação de aborto concorrentes. Segundo o site Ballotpedia, a campanha de organização em apoio à emenda pró-aborto teve um total de US$ 13 milhões em financiamento (R$ 74,9 milhões), enquanto os ativistas da medida pró-vida receberam US$ 11 milhões (R$ 63,3 milhões) em contribuições.
Lila Rose, fundadora e presidente do grupo pró-vida Live Action, citou “recursos” para dar “educação eficaz” como razões para o sucesso das causas pró-vida nos Estados da Flórida, de Nebraska e da Dakota do Sul.
“A vida vence quando há recursos suficientes para garantir que os eleitores saibam a verdade e quando temos uma liderança política que lidera com ousadia”, disse Rose na quarta-feira (6).
Pesquisas de boca de urna: o aborto não foi uma questão prioritária nas eleições
Pesquisas de boca de urna revelaram que o aborto era menos prioritário do que outras questões para os eleitores nas eleições desta semana. A vice-presidente Kamala Harris concorreu fortemente na questão do aborto e perdeu sua candidatura à presidência.
Entre cinco questões (política externa, aborto, economia, imigração e estado da democracia), pesquisas de boca de urna da rede de televisão americana NBC News indicaram que apenas 14% escolheram o aborto como a questão mais importante na hora de votar para presidente.
Desses 14%, 74% eram democratas, enquanto 25% eram republicanos. As principais questões foram a economia (32%), principalmente para os republicanos, e o estado da democracia (34%), principalmente para os democratas.
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