18 de dezembro de 2024 Doar
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Arquidiocese de São Paulo arquiva investigação sobre acusação de abuso contra o padre Júlio Lancelotti

Padre Júlio Lancelotti. | Crédito: Instagram Padre Júlio Lancelotti.

A arquidiocese de São Paulo (SP) arquivou, no início de novembro, a investigação sobre as acusações de abusos sexuais de menores contra o padre Júlio Lancellotti, pároco da igreja de São Miguel Arcanjo e vigário episcopal para o povo da rua da arquidiocese.

O padre Júlio Lancellotti estava sendo investigado desde o início de fevereiro. Um jornalista acusou-o de abuso sexual que teria ocorrido em 1987, quando tinha 11 anos e era coroinha da paróquia São Miguel Arcanjo. A acusação foi publicada pela revista Oeste em 30 de janeiro de 2024. A assessoria da arquidiocese disse à ACI Digital que também foram investigadas “outras acusações que foram veiculadas pela mídia na mesma época”.

“No final da investigação, não foi possível confirmar a verossimilhança das denúncias apresentadas e, portanto, conforme prevê o Direito Canônico, a investigação foi arquivada pela Cúria Metropolitana no início de novembro de 2024”, diz uma nota da arquidiocese de São Paulo.

Segundo a nota, “as acusações sobre supostos abusos sexuais de menores envolvendo o Padre Júlio Renato Lancellotti foram investigadas conforme preveem as normas da Igreja”.

“A Comissão Arquidiocesana de Tutela contra Abusos de Menores e Adultos Vulneráveis chamou e ouviu todas as pessoas que alegaram, através de órgãos de imprensa, terem sido vítimas de abusos cometidos pelo referido padre”, continua.

Em seguida, segundo a nota, “foi constituída uma Comissão de Investigação Prévia para aprofundar as denúncias” e o padre Júlio também foi ouvido.

 Segundo o Vademecum sobre alguns pontos de procedimento para tratar os casos de abuso sexual de menores cometidos por clérigos, publicado pelo Dicastério para a Doutrina da Fé em 2022, a investigação prévia “não é um processo, e o seu objetivo não é alcançar a certeza moral quanto à realização dos fatos que são objeto da acusação”.

Ela serve para “a recolha de dados úteis” sobre a acusação e para “avaliar a sua verossimilhança”, ou seja, avaliar se “há fundamento suficiente em direito e nos fatos para se considerar verosímil a acusação”.

Em 2020, outra denúncia envolvendo o padre Júlio Lancelotti também foi investigada e arquivada pela arquidiocese de São Paulo e pelo Ministério Público por falta de provas. Nesta ocasião, a denúncia era sobre um vídeo que circulou na internet na época que supostamente mostrava o padre em uma chamada de vídeo com conteúdo sexual com um menor.    

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