9 de dezembro de 2024 Doar
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Arrupe fez da defesa do Concílio Vaticano II a prioridade de sua missão, diz vigário de Roma

Sessão de encerramento do inquérito diocesano sobre a vida, as virtudes, a fama de santidade e os sinais do Servo de Deus padre Pedro Arrupe Gondra, S. J. | Daniel Ibáñez/CNA

Ocorreu hoje (14) de manhã a sessão de encerramento do inquérito diocesano sobre a vida, as virtudes, a fama de santidade e os sinais do Servo de Deus padre Pedro Arrupe Gondra, S. J., vigésimo oitavo Superior Geral da Companhia de Jesus, foi realizada esta manhã na Sala de Conciliação do Palácio Lateranense.

Os atos do inquérito para sua beatificação serão agora transferidos para o Dicastério para as Causas dos Santos.

O rito foi presidido pelo arcebispo Baldassare Reina, vigário-geral do papa Francisco para a diocese de Roma. O inquérito diocesano foi aberto em fevereiro de 2019.

O padre Pedro Arrupe, nascido em Bilbao em 1907, foi Superior Geral dos Jesuítas de 1965 a 1981, quando deixou o cargo por motivos de saúde. Ele foi o primeiro Superior Geral da Companhia de Jesus a renunciar. Ele foi sucedido primeiro pelo Padre Paolo Dezza, como delegado pessoal da companhia, nomeado pessoalmente pelo papa são João Paulo II, e depois pelo padre Hans Peter Kolvenbach em 1983. O Padre Arrupe morreu em Roma em 5 de fevereiro de 1991.

“É um dia de festa importante para nós, pois hoje se comemora o aniversário do padre Arrupe em 1907”, disse o arcebispo Reina. “Ele foi um homem fiel e obediente à Igreja e aos papas. Ele considerou a implementação e a defesa do Concílio Vaticano II como a prioridade de sua missão”.

“Ele foi um profeta corajoso da renovação do Concílio, sua palavra franca e verdadeira não deixou ninguém indiferente”, acrescentou Reina.

“Foi obediente diante do pontífice romano, ele viveu o quarto voto jesuíta de obediência ao santo padre com profunda adesão afetiva, com autêntica devoção à pessoa de todos os papas com os quais se relacionou”.

“Nos momentos mais difíceis em torno da decisão de são João Paulo II de confiar o governo da Sociedade a um de seus delegados”, continuou Reina, o Servo de Deus manifestou à enfermeira que estava cuidando dele: Deus quer que seja assim”.

Depois, lembrando o encontro com João Paulo II na enfermaria, Reina recordou as palavras do Padre Arrupe: “Santo Padre, eu lhe renovo minha obediência e a obediência de toda a Companhia de Jesus”.

“Sua presença na vida consagrada foi rica e frutífera, tendo recebido o Concílio e integrado os melhores valores da tradição com aqueles necessários para adaptar a vida religiosa aos novos tempos”, disse dom Reina. “A partir do Concílio, ele empreendeu com entusiasmo o trabalho de aggiornamento dentro da Sociedade. Foi capaz de identificar os pontos de inflexão necessários para a renovação da Ordem, a partir do carisma do fundador, e deu um forte impulso à espiritualidade inaciana, sobretudo aos exercícios espirituais”.

Para o vigário de Roma, “o Padre Arrupe promoveu a ação social e a caridade como a alma do carisma inaciano. Ele também fomentou a inculturação da fé nos cinco continentes e apoiou o apostolado intelectual, incentivando os leigos a assumirem responsabilidades”.

Nós, jesuítas, estamos convencidos das virtudes extraordinárias de nosso 28º Geral”, disse o padre Arturo Sosa, atual Superior Geral da Companhia de Jesus, ‘estamos felizes em colaborar para apresentar à Igreja e ao mundo um dos filhos mais ilustres de Santo Inácio, estamos orgulhosos de que sua vida possa ser oferecida como modelo e farol de luz para tantos’.

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