22 de dezembro de 2024 Doar
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Jimmy Lai é um campeão da liberdade, diz padrinho de ativista católico julgado em Hong Kong

“Pensamos nessas histórias de santos que resistiram a toda essa perseguição como pertencentes à Idade Média. Isso está acontecendo agora mesmo, e podemos ver isso”, diz opadrinho do magnata da mídia católica e ativista dos direitos humanos Jimmy Lai, Bill McGurn, ao programa de televisão "EWTN News Nightly" | captura de tela - EWTN News Nightly

O padrinho do magnata da mídia católica e ativista dos direitos humanos Jimmy Lai, Bill McGurn, disse ao programa de televisão "EWTN News Nightly" que seu afilhado é "um verdadeiro campeão da liberdade". Lai, de 76 anos, depôs na quarta-feira (20) em um julgamento de segurança nacional de Hong Kong.

Lai foi preso em agosto de 2020 sob a então recente Lei de Segurança Nacional instituída pela China em Hong Kong. Desde sua prisão, ele enfrentou vários julgamentos e foi condenado por várias acusações de reunião ilegal e fraude. Advogados argumentaram que as acusações têm motivações políticas.

McGurn, colunista do jornal americano Wall Street Journal, disse a Tracy Sabol, âncora do “EWTN News Nightly”, que o carisma de Lai no tribunal preocupa as autoridades de Hong Kong. Lai está em confinamento solitário desde que foi preso em 2020.

“Hoje é a primeira vez que ouvimos Jimmy. O julgamento começou em janeiro. Esta é a primeira vez que ouvimos sua voz”, disse McGurn a Sabol.

Na quarta-feira (20), Lai negou as acusações de ativismo sedicioso e de que ele conspirou com o então vice-presidente dos EUA, Mike Pence, ao visitar o país em 2019.

“Hoje foi um grande dia porque a pressão sobre Jimmy, como sobre todas as pessoas presas em Hong Kong por esses crimes políticos, é para se declarar culpado”, disse McGurn.

“Mas Jimmy não acredita que fez algo errado. Ele está certo nisso. Ele quer ter sua palavra no tribunal, mesmo que seja tendencioso contra ele”.

“O governo odeia, porque Jimmy é obviamente sincero. Ele é muito carismático”, disse McGurn. “Ele é um verdadeiro campeão da liberdade, e as pessoas comuns de Hong Kong apreciam isso”.

O jornal Apple Daily de Lai, foi publicado de 1995 a 2021, e era uma voz pró-democrática na mídia de Hong Kong. As autoridades de Hong Kong congelaram os ativos da empresa, forçando o jornal a fechar.

McGurn disse que “Jimmy Lai está sendo discriminado porque ele era dono de um jornal que tentava contar a verdade sobre o que estava acontecendo em Hong Kong”.

“Eles o tratam como se ele fosse uma grande ameaça, e ele é um jornalista. Ele faz o que editores comuns fazem. Ele fala com líderes o tempo todo”, disse McGurn.

“O governo expôs o quão fraco é o caso que eles têm”, disse também McGurn. “Agora eles estão preocupados porque ele é muito carismático: O que ele vai dizer no tribunal? Mesmo sem um roteiro, Jimmy é muito eloquente e muito persuasivo quando fala sobre liberdade”.

Respondendo sobre como a família está, McGurn citou a força da mulher de Lai, Teresa. Lai se juntou à Igreja em 1997 com o apoio de Teresa, com quem se casou em 1991.

“Toda a família dele está sofrendo com isso. Sua mulher, Teresa, é uma rocha — somente uma rocha de fé”, disse McGurn. “Jimmy tira força dela porque ela tem o marido na prisão e os três filhos espalhados pelo mundo, e ela está mantendo tudo junto”.

McGurn chama tudo isso de “uma verdadeira inspiração”.

“Pensamos nessas histórias de santos que resistiram a toda essa perseguição como pertencentes à Idade Média. Isso está acontecendo agora mesmo, e podemos ver isso”, disse McGurn.

O cardeal Zen está com Jimmy Lai

McGurn disse que o bispo emérito de Hong Kong, o cardeal Joseph Zen Ze–Kiun, compareceu ao julgamento, sentado no tribunal com a família de Lai. O cardeal Zen também compareceu ao julgamento de 45 outros ativistas pró-democracia na terça-feira (19).

“Deve ter realmente levantado o ânimo [de Lai]. É algo tremendo”, disse McGurn.

Nos EUA, o deputado republicano Chris Smith, de Nova Jersey, entre outros, tem se manifestado abertamente sobre seu apoio a Lai.

“Quão triste é como eles maltrataram esse grande homem de princípios”, disse Smith no Capitólio dos EUA, em Washington D.C.

“Ele poderia ter saído a qualquer momento que quisesse, dada sua riqueza. Ele queria lutar por seus amigos e cidadãos em Hong Kong. Por isso — por falar a verdade ao poder em uma ditadura — ele está sendo muito, muito difamado e infelizmente ferido pelo sistema judicial corrupto”.

Respondendo sobre o que achava do comentário de Smith, McGurn disse: “Ele está absolutamente certo”.

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“Como o congressista Smith disse, ele poderia ter fugido. Ele tem casas em todo o mundo, mas ele se levantou e foi para a cadeia por seus princípios”, disse McGurn.

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