Nov 25, 2024 / 14:08 pm
O bispo auxiliar de Lisboa, Portugal, dom Alexandre Palma, presidente da Fundação JMJ, disse que a entidade pretende abrir em 2025 os primeiros concursos para apoiar projetos na área de infância e adolescência, com o fundo que teve como saldo da Jornada Mundial da Juventude que aconteceu em agosto de 2023 na capital portuguesa.
A Fundação JMJ foi criada como a entidade responsável pela organização da JMJ 2023. Agora, deve administrar o patrimônio gerado pela jornada. Segundo as contas apresentadas pela fundação referentes à organização da jornada, houve um saldo positivo de 35,37 milhões €.
Quando foi criada, a fundação era presidida pelo então bispo auxiliar de Lisboa, dom Américo Aguiar, que foi o responsável por toda organização da JMJ Lisboa 2023. Depois da jornada, dom Américo foi nomeado bispo de Setúbal, em setembro de 2023, e criado cardeal pelo papa Francisco no mesmo mês.
Em maio deste ano, o então padre Alexandre Palma, do clero do patriarcado de Lisboa, foi nomeado pelo patriarca dom Rui Valério presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023. Em junho, ele foi nomeado bispo auxiliar de Lisboa.
Dom Palma disse em entrevista à Rádio Renascença que a atuação da fundação “não será de promotor de evento direto, não será de organizador de jornadas do género, mas será de alguma maneira de suportar outros atores que estejam genericamente na frente do trabalho com jovens dentro e fora da Igreja”.
O bispo contou que “algumas iniciativas” já começaram a ser apoiadas “muito pontualmente” e citou como exemplo o Encontro Rejoice, que a Pastoral Jovem Nacional promoveu nos dias 19 e 20 de outubro, em Lisboa, a fim de invocar a JMJ Lisboa 2023. “Isso já foi, de alguma maneira, um pequeno ensaio, laboratório, nesta lógica de parceria e de continuidade com uma aposta da Pastoral Juvenil, em Portugal”, disse.
Dom Palma contou que a fundação funcionará “com concursos para apoio” e “esses concursos terão regulamentos, que resultam daquilo que a fundação vai querer privilegiar na promoção da juventude”.
Segundo o bispo, “neste momento”, a fundação está trabalhando “no modelo de governance”. “Queremos montar um modelo de governo da fundação que, de alguma maneira, nos permita trabalhar com os critérios que herdamos também dos anos passados, de transparência e rigor”, disse.
“Temos um compromisso da direção, sério, de cuidar deste fundo da fundação, de mantê-lo vivo, não o depreciando, e, portanto, isso é um lado muito importante da operação, e neste momento estamos a falar com fundações congêneres, para perceber modelos de governance dessas fundações, como é que elas próprias cuidam dos seus fundos”, acrescentou.
Dom Palma disse que estão fazendo “uma transformação também da própria fase da fundação, a pensar um novo plano de comunicação, como queremos projetar outra vez a fundação para o espaço público”.
Segundo ele, essa projeção “tem como finalidade, não diria exclusiva, mas primeira”, poder “chegar aos potenciais interessados e beneficiados dos nossos apoios”. “Isto significa não apenas cuidar muito bem do nosso fundo, mas ser capaz também de comunicar muito bem para fora, para os potenciais interessados”.
Embora tenha dado uma previsão para abrir os concursos em 2025, o bispo não falou sobre nenhuma data específica.
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