27 de novembro de 2024 Doar
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Relatório da PF não traz qualquer prova contra padre José Eduardo em suposto golpe de Estado, diz advogado

“Apenas continuem rezando por mim!”, disse padre José Eduardo em suas redes sociais | Facebook/Padre José Eduardo

“Não consta no relatório qualquer prova de que o sacerdote tenha se mobilizado para assessorar qualquer documento que visasse quebrar a ordem constitucional estabelecida em nosso país” afirmou hoje (27), em nota enviada a ACI Digital, o advogado de defesa do padre José Eduardo, Miguel Vidigal. O padre “sequer tem conhecimento técnico para elaborar qualquer documento jurídico” e “há conjecturas, ilações e interpretações que não são corroboradas nem pelas provas, quanto mais pela realidade dos fatos”, ressaltou.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes tirou ontem (26) o sigilo do inquérito sobre tentativa de golpe de Estado e de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Segundo o STF, Moraes observou que não havia necessidade de manutenção do sigilo sobre este relatório, visto que a PF apresentou o documento final e tomou todas as medidas e diligências requeridas neste caso.

O relatório final da Polícia Federal foi encaminhado ontem (26), à Procuradoria-Geral da República (PGR), que decidirá se denuncia ou não os 37 indiciados que incluem o ex-presidente Jair Bolsonaro e quatro generais do Exército.

Segundo o relatório final da PF, o padre José Eduardo de Oliveira e Silva atuou na “elaboração de uma minuta de Golpe de Estado” juntamente com o ex-assessor especial de Bolsonaro, Filipe Martins e o advogado, Amauri Feres Saad. Esta minuta “foi lida pelo assessor presidencial em uma reunião com o então presidente Jair Bolsonaro, com os Comandantes das Forças Armadas e com o Ministro da Defesa em 07.12.2022”.

O relatório também indicou que o sacerdote de Osasco “esteve em Brasília nos meses de outubro, novembro e dezembro, auxiliando Filipe Martins na construção do documento que embasaria a fundamentação do Golpe de Estado”.  Além disso, os documentos “confirmaram os vínculos entre os investigados e os propósitos da ida” do padre à capital federal e que este,  também “esteve no Palácio do Alvorada e na casa do Comitê de Campanha do Partido Liberal”, no Lago Sul, em Brasília, “tendo recebido suporte logístico de Filipe Martins durante sua estadia no período”. 

O advogado do padre disse que, o relatório final da Polícia Federal sobre o inquérito do suposto plano de golpe reafirma “tudo quanto já foi dito anteriormente: o padre José Eduardo viaja pelo Brasil há muitos anos atendendo espiritualmente pessoas de várias localidades que pedem sua ajuda” e que, “especificamente, desde o ano de 2013 tem frequentado Brasília, não só em atendimentos espirituais, mas também em defesa da vida, lutando contra o crime do aborto, como fica claro no próprio texto policial”.

“No afã de querer provar o impossível, o relatório demonstra que o sigilo sacerdotal do religioso e de fiéis foi rompido, por meio do artifício de fishing expedition, prática muitas vezes condenada pelo Supremo Tribunal Federal”.

Segundo o Supremo Tribunal de Justiça, "conhecida como pescaria probatória, fishing expedition é uma prática proibida pelo ordenamento jurídico brasileiro – o qual não admite investigações especulativas indiscriminadas, sem objetivo certo ou declarado, que lança suas redes na esperança de "pescar" qualquer prova para subsidiar uma futura acusação".

O advogado diz acreditar “que o processo transcorrerá dentro dos parâmetros da justiça”. Segundo ele, o padre “permanece sereno, cumprindo com suas obrigações para com seus fiéis e com os pobres a quem dedica a vida, aguardando como resultado a total improcedência da ação em relação a ele”.

Gratidão pelo apoio

O advogado de defesa também relatou que o padre José Eduardo “agradece a imensa quantidade de pessoas, arcebispos, bispos, padres, fiéis e mesmo diversos membros e pregadores de outras religiões que vêm lhe enviando mensagens de apoio e carinho, tanto do Brasil como de fora”.

Em suas redes sociais, o padre pediu: “Apenas continuem rezando por mim!”

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