16 de dezembro de 2024 Doar
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Renovação da Igreja do Vaticano II pede que fiéis comunguem em pé, diz cardeal americano

Fila para a comunhão. Imagem referencial. | Djavan Rodriguez|Shutterstock

O arcebispo de Chicago, EUA, dom Blase cardeal Cupich, disse que os católicos devem receber a comunhão em pé para evitar gestos que chamem a atenção para si mesmos. Em carta publicada no jornal arquidiocesano Chicago Catholic na semana passada, o cardeal Cupich disse que “a norma estabelecida pela [Santa] Sé para a Igreja universal e aprovada pela Conferência dos Bispos Católicos dos EUA é que os fiéis caminhem juntos como uma expressão de sua vinda como corpo de Cristo e recebam a Sagrada Comunhão em pé”.

Embora as diretrizes emitidas pela Conferência dos Bispos Católicos dos EUA (USCCB, na sigla em inglês) digam que receber a comunhão em pé é a norma, uma pessoa não pode ter a comunhão negada por estar de joelhos.

“A norma para a recepção da Sagrada Comunhão nas dioceses dos EUA é de pé”, diz a instrução geral do Missal Romano. “Não se deve negar a Sagrada Comunhão aos comungantes porque eles se ajoelham. Em vez disso, tais casos devem ser abordados pastoralmente, dando aos fiéis catequese adequada sobre as razões para essa norma”.

“Todos nós nos beneficiamos da renovação da Igreja inaugurada pelo Concílio Vaticano II”, escreveu dom Cupich. “Ao reconhecer essa relação entre como adoramos e o que cremos, os bispos no concílio deixaram claro que a renovação da liturgia na vida da Igreja é central para a missão de proclamar o Evangelho”.

“Seria um erro reduzir a renovação a uma mera atualização de nossa liturgia para se adequar aos tempos em que vivemos, como se fosse uma espécie de lifting litúrgico”, prossegue a carta do arcebispo de Chicago. “Precisamos da restauração da liturgia porque ela nos dá a capacidade de proclamar Cristo ao mundo”.

“A lei da oração estabelece a lei da crença é nossa tradição”, escreveu dom Cupich. “Quando os bispos assumiram a tarefa de restaurar a liturgia seis décadas atrás, eles nos lembraram que esse princípio antigo desfruta de um lugar privilegiado na tradição da Igreja. Ele deve continuar a nos guiar em todas as épocas”.

O cardeal diz que interromper a caminhada até a comunhão “só diminui essa poderosa expressão simbólica, pela qual os fiéis avançando expressam sua fé de que são chamados a se tornar o próprio Corpo de Cristo que recebem”.

“Certamente a reverência pode e deve ser expressa por meio de uma reverência antes da recepção da Sagrada Comunhão, mas ninguém deve se envolver em um gesto que chame a atenção para si mesmo ou interrompa o fluxo da caminhada”, disse dom Cupich. “Isso seria contrário às normas e à tradição da Igreja, que todos os fiéis são instados a respeitar e observar”.

A carta não diz diretamente quais gestos específicos chamam “atenção para si mesmo”. A CNA, agência em inglês da EWTN News, entrou em contato com a arquidiocese pedindo esclarecimentos, mas não teve resposta.

Por séculos antes do concílio Vaticano II, concluído em 1965, a norma no rito latino era receber a comunhão na língua e de joelhos. A Constituição do concílio sobre a sagrada liturgia, Sacrosanctum Concilium, promulgada em 1963, não fez nenhuma alteração a essa norma.

A Sagrada Congregação para o Culto Divino emitiu o documento Memoriale Domini em 1969 para permitir a prática de receber a hóstia na mão e de pé, mas disse que as conferências episcopais devem "evitar todo risco de falta de respeito ou de falsa opinião com relação à Sagrada Comunhão, e de evitar quaisquer outros efeitos maléficos que possam se seguir".

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