15 de abril de 2025 Doar
Um serviço da EWTN News

Juíza que tentou impedir aborto de menina de 11 anos em Santa Catarina recebe pena de censura do CNJ

Ao centro está o presidente do STF e CNJ, ministro Luís Roberto Barroso | G.Dettmar/Ag.CNJ

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ), decidiu ontem (18) aplicar pena de censura à juíza do Tribunal de Santa Catarina (TJSC), Joana Ribeiro Zimmer, que em 2022, tentou impedir o aborto de uma menina de 11 anos grávida de 22 semanas, vítima de um estupro em Santa Catarina. O aborto do bebê ocorreu no dia 22 de junho de 2022. No ordenamento jurídico brasileiro, qualquer ato sexual que envolva menor de 14 anos é presumidamente estupro. O pai da criança abortada tinha 13 anos à época dos fatos.

A pena de censura faz que o juiz condenado fique ao menos um ano sem possibilidade de promoção na carreira. A decisão do CNJ foi unânime. Os 15 membros do órgão presidido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso votaram pela sanção contra a juíza.   

O Conselheiro Luiz Fernando Bandeira de Mello, relator do caso, disse que a juíza “deixou que seus valores pessoais prevalecessem sobre o interesse da criança".

Segundo Bandeira de Mello, "por diversas vezes a magistrada busca humanizar aquela situação de gravidez decorrente de estupro. Diga-se passagem, por mais de uma vez ela vira para a menor e diz, e qual o nome você quer dar para a criancinha? O que o pai acha disso?

“Em vários momentos ela sugere, ou até induz a criança a acreditar que aquela gestação poderia gerar um lindo bebê que poderia eventualmente ser dado à adoção”, diz Bandeira de Mello em seu voto.

Na época, o caso teve grande repercussão porque Zimmer determinou que a menina fosse mantida em um abrigo e tentou convencer a mãe da garota, responsável legal por ela, a aguardar o nascimento do bebê e dá-lo para adoção. A juíza baseou sua decisão na definição de aborto adotado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde de que só pode haver aborto até a 20ª semana de gravidez. Com a gravidez avançada da menina, “seria autorização para homicídio”, disse Zimmer.

A defesa da juíza argumentou que não houve abuso de poder, mas “foi a exposição midiática que causou um problema familiar, e a juíza teria encaminhado a menor para preservá-la”.

Apesar de o processo correr em segredo de justiça, o caso foi divulgado pelos sites The Intercept Brasil e o portal feminista Catarinas.

As melhores notícias católicas - direto na sua caixa de entrada

Inscreva-se para receber nosso boletim informativo gratuito ACI Digital.

Suscribirme al boletín

Nossa missão é a verdade. Junte-se a nós!

Sua doação mensal ajudará nossa equipe a continuar relatando a verdade, com justiça, integridade e fidelidade a Jesus Cristo e sua Igreja.

Doar