Onde há uma criança segura se honra Cristo, diz papa Francisco

Papa Francisco com crianças em audiência geral na Aula Paulo VI  em fevereiro de 2025 Papa Francisco com crianças em audiência geral na Aula Paulo VI, no Vaticano, em fevereiro de 2025. | Vatican Media

O papa Francisco exortou os que trabalham na luta contra os abusos na Igreja a colaborar com os dicastérios da Cúria Romana, curar "as feridas da alma" das vítimas e construir alianças com realidades externas.

Em 20 de março, o papa escreveu uma mensagem no Hospital Policlínico Agostino Gemelli, em Roma, onde estava internado desde 14 de fevereiro, aos membros da Pontifícia Comissão para a Tutela dos Menores, organismo fundado em 2014 para "promover a responsabilidade das Igrejas particulares na proteção de todos os menores e adultos vulneráveis", que fazem sua assembleia plenária esta semana.

Em sua mensagem, o papa os exortou a assumir três compromissos: primeiro, pediu-lhes para "crescer no trabalho comum” com os Dicastérios da Cúria Romana. Ele também os exortou a "escutar com o ouvido do coração, para que cada testemunho encontre não registros a serem preenchidos, mas entranhas de misericórdia das quais possa renascer", para que as vítimas recebam "hospitalidade e cuidado para as feridas da alma".

Por fim, o papa Francisco pediu para "construir alianças com realidades extraeclesiais – autoridades civis, especialistas, associações –, para que a proteção se torne uma linguagem universal".

Para o papa, os esforços para erradicar esse flagelo são "oxigênio" para as comunidades religiosas, porque "onde há uma criança ou uma pessoa vulnerável em segurança, ali se serve e se honra Cristo".

Francisco destacou que "a prevenção dos abusos não é um cobertor para encobrir emergências, mas um dos alicerces sobre os quais construir comunidades fiéis ao Evangelho".

O papa Francisco disse ser grato por esse serviço, destacando que o trabalho da Pontifícia Comissão "não se limita a protocolos", mas promove espaços de proteção com "uma formação que educa, controles que impedem, uma escuta que restaura a dignidade".

"Quando implementam práticas de prevenção, mesmo nas comunidades mais remotas, estão escrevendo uma promessa: que cada criança, cada pessoa vulnerável, encontrará um ambiente seguro na comunidade eclesial. Esse é o motor do que para nós deve ser uma conversão abrangente", disse o papa.

Francisco os encorajou a continuar sendo "sentinelas que vigiam enquanto o mundo dorme".

"Que o Espírito Santo, mestre de memória viva, nos preserve da tentação de arquivar a dor em vez de curá-la", concluiu o papa.

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