27 de novembro de 2024 Doar
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"Católicas" abortistas reclamam "direito" de abortar como "essencial" para as mulheres

A organização de fachada "Católicas pelo Direito de Decidir" no México apresentou na semana passada o livro de uma autora norte-americana em que se destaca que o "direito" de abortar é "essencial" para as mulheres.

A apresentação do livro "Nosso direito de decidir. Para uma nova ética do aborto" da abortista norte-americana Beverly Wildung Harrison, realizou-se na casa da Cultura Jesus Reyes Hareles, em Coyoacán, e ao ato assistiram 80 pessoas.

No ato participaram a autora, que se descreve como "teóloga" da igreja presbiteriana nos Estados Unidos, Frances Kissling, a ex-religiosa divorciada fundadora do Catholics for a Free Choice" nos Estados Unidos; Chery White, professora do seminário metodista do México, María Van Doren; religiosa missionária do Imaculado Coração da Maria; e María Consuelo Mejía, diretora de "Católicas pelo Direito de Decidir" no México.

Durante a apresentação do livro, Mejía disse que o livro era fundamental dentro da estratégia feminista para obter a realização do aborto, já que "o aborto se fundamenta como um bem social". "O poder hoje está nas mãos das mulheres e por isso o panorama para a América Latina é muito esperançador" para a legalização do aborto na região, disse Mejía.

A diretora da organização de fachada acrescentou além disso que "a tradição cristã é insuficiente, porque negou ao longo dos séculos o direito das mulheres de decidir sobre a procriação".

"O direito de decidir a procriação é imprescindível para que possa existir uma verdadeira sociedade moral, este direito de decidir das mulheres, incluindo o acesso ao aborto, são bens indispensáveis para construir uma sociedade mas eqüitativa, livre e justa. O poder exercer seu poder reprodutivo como um bem social utilizado em seu benefício e não como um acidente biológico", acrescentou Mejía.

"Nenhuma sociedade pode se considerar moral se não fomentar e propagar o direito de decidir a reprodução", acrescentou.

Kisling, por sua vez, assinalou que "é fundamental falar de uma ética cristã do aborto, é hora de que as mulheres escrevam os quatro evangelhos; porque a tradição cristã conservadora vai cobrando importância e está silenciando o debate".

A ex-religiosa católica, María Van Doren, apresentou-se indicando que trabalhou em "grupos de base" e que é colaboradora do "Católicas pelo Direito de Decidir".

"É possível dar outra explicação teológica a estes temas para tirar o sentimento de culpa do aborto, porque não é um assassinato nem o aceitam mulheres sem consciência", disse a religiosa.

"O livro –continuou– enfatiza que a sexualidade não necessariamente deve levar à procriação, e que a família não é um mandato divino. A Bíblia com seus relatos de mitos não pode dar nenhum argumento teológico".

"A mulher deve decidir sobre o feto, sem esquemas absolutos", concluiu a religiosa.

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