MADRI, May 3, 2006 / 12:30 pm
Durante a Convenção Internacional sobre o Santo Sudário celebrada até este domingo na Universidade Católica de Valência "São Vicente Mártir" (UCV), peritos da relíquia de Turim propuseram tirar o tecido de sua câmara para um novo estudo exaustivo.
Assim, "pensamos que a obtenção de novos dados seria muito maior", assinalou o diretor do Centro Internacional de Sindonologia de Turim, Bruno Barberis.
Para desenvolver esta nova pesquisa, Barberis propôs a criação de uma equipe internacional de especialistas, entre eles o Centro Espanhol de Sindonologia, com sede em Valência, entidade organizadora das jornadas.
O último estudo exaustivo e multidisciplinar que se realizou de forma direta foi em 1978, por isso "acreditam que com os avanços técnicos atuais poderão obter importantes avanços no conhecimento de como se formou a imagem do tecido, que ainda continua sendo um mistério para a ciência".
Segundo Barberis, já se formulou a proposta ao Arcebispo de Turim, Cardeal Severino Poletto, e "agora estamos à espera do que opine a Santa Sé".
O próprio diretor da pesquisa de 1978, o doutor americano em Ciências Físicas John Jackson, concorda com a proposta e assinala que "deveria ser feita com métodos não agressivos para o Manto Santo, algo que é possível".
Mais descobertas
Por sua vez, segundo um estudo apresentado durante o encerramento da Convenção feito pelo catedrático em Medicina Legal e professor da UCV, José-Delfín Villalaín, a formação da imagem do homem do Manto Santo se produziu entre quatro e meia e seis horas depois de sua morte.
Em declarações à agência Avan, Villalaín garantiu que se trata do dado científico "mais preciso e demarcado" sobre o momento da produção da marca que se "deu até agora".
Segundo Villalaín, se a relíquia pertenceu a Cristo "poderíamos dizer que a imagem do Santo Sudário se formou entre as sete e meia da tarde e as nove da noite, já que o texto evangélico cita as três da tarde como a hora da morte de Jesus".
Do mesmo modo, dias antes o mesmo estudioso afirmou durante o evento ter descoberto "pela primeira vez possíveis marcas de vísceras" na relíquia. As marcas "correspondem-se perfeitamente, por sua localização e tamanho", com as do coração, pulmões, fígado, rim ou cólon, precisou o forense. A "quantidade e precisão de marcas é tal que, embora não se possa afirmar com absoluta certeza, sim pensamos que podem refletir com probabilidade os órgãos do homem do Santo Sudário", precisou.
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