BUENOS AIRES, Jun 1, 2006 / 17:28 pm
Com ocasião da Festa da Visitação da Virgem María, os bispos argentinos de Río Negro emitiram hoje dia 31 de maio um comunicado no qual reiteram sua "posição frente à defesa da vida humana, que devemos respeitar em todo momento e em qualquer circunstância", agora volta nessa província a discussão sobre a descriminalização do aborto.
Logo depois de lembrar que o respeito à vida humana "não é algo que se impõe unicamente aos cristãos", os prelados destacam que "o primeiro direito de uma pessoa humana é o direito a viver" e acrescentam que este "deve ser protegido mais que nenhum outro. Não cabe à sociedade nem à autoridade pública, seja qual for sua forma, conceder este direito a uns e tirar-lhe a outros; toda discriminação deste tipo é injusta, e não há nenhuma causa" que a justifique.
"Não é o reconhecimento por parte de outros o que constitui este direito à vida; é algo anterior e exige, portanto, ser reconhecido, sendo absolutamente injusto negá-lo. Por outra parte, o valor de cada vida humana é de absoluto direito. Uma mulher ou um homem nunca podem ser usados como se fossem uma coisa; nem sequer para proteger o direito de outros. Têm fim em si mesmo", destacam os bispos.
Em conseqüência, prosseguem, o respeito à vida humana se impõe desde que começa seu processo embrionário e "desde o momento em que se dá a fecundação do óvulo, inicia-se uma vida que não é nem do pai nem da mãe, mas sim de um novo ser humano que se desenvolve por si mesmo. Portanto, nunca chegaria a ser humano, se não fosse já desde aquele momento", expressam.
Mais adiante os prelados de Río Negro indicam que a genética "demonstrou que desde o primeiro instante se faz um programa do que será este novo ser, ou seja: um ser com vida humana provido já com todas suas próprias marcas e características, de maneira que com a fecundação começou a maravilhosa aventura de uma vida nova; cada uma de suas grandes capacidades exige tempo para ficarem "no ponto" e estarem em condições de atuar". "O mínimo que se pode dizer, é que a ciência atual, em seu estado mais evoluído, não dá nenhum apoio substancial aos defensores do aborto", adicionam.
Do mesmo modo, manifestam que "desde a mais elementar ética, mesmo que existam pessoas que tenham alguma dúvida sobre a questão da concepção humana desde o começo, seria objetivamente igual a um ato criminal arriscar-se a enfrentar o risco de um homicídio, porque ‘já é um homem aquele que está em caminho de sê-lo’".
Finalmente os prelados destacam que "a Tradição cristã é clara e unânime desde o começo em defesa da vida, desde o mesmíssimo momento da concepção". "Ninguém está no mundo por acaso. Todos somos queridos e escolhidos por puro amor de Deus", concluem.
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