VATICANO, Jun 1, 2006 / 20:01 pm
Uma delegação do Vaticano na Organização das Nações Unidas (ONU) expressou seu rechaço ao reconhecimento da Associação Internacional de Lésbicas e Gays (ILGA) como ONG dessa instituição, que solicita sua aceitação como tal para assuntos de direitos humanos.
Conforme informa Terry Vanderheyden do site pró-vida LifeSiteNews.com, a delegação vaticana, liderada por Dom Rubén Dimaculangan, estabeleceu em 16 de maio que a exigência da ILGA não tem nada a ver com direitos humanos.
"A orientação sexual não é comparável à raça ou origem étnica. Em realação a suas afirmações sobre direitos humanos, os interesses particulares destas ONGs estão fora do campo da Declaração Universal dos Direitos humanos e outros instrumentos jurídicos internacionais", indicou Dom Dimaculangan.
"Em outras palavras, o que a ILGA e quem a propõe procuram na realidade não é igualdade de direitos mas sim direitos especiais que lhes permitam ter uma ampla liberdade de ação para uma discreta supressão das distinções morais nas opções e condutas que são de vital importância para a comunidade e a ordem internacional", explicou o representante vaticano.
Do mesmo modo, destacou diante da ONU que "colocar o estilo de vida homossexual ao nível de matrimônio terá um impacto direto no entendimento da sociedade sobre a natureza e os direitos da família que os põe em perigo".
O diplomata vaticano explicou que o significado da Declaração Universal dos Direitos humanos, face às "interpretações contrárias", está apoiada em um entendimento do matrimônio como a união entre um homem e uma mulher.
O delegado da Santa Sé ante a ONU acrescentou que se a interpretação do Vaticano for vista como uma imposição de moralidade em outros, então, "as leis sobre direitos gays e a demanda de direitos especiais imporiam uma moralidade sexual (relativismo sexual) em todas as pessoas e fortaleceria este código de moralidade em constituintes de outros grupos com outras crenças e legislações".
No passado, a ILGA obteve o reconhecimento como ONG, que perdeu em 1993 devido a vários países que denunciaram os elos formais que existiam entre esta organização e alguns grupos pedófilos como a autodenominada Associação Norte-americana de Amor entre Homens e Crianças (NAMBLA).
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