ORLANDO, Jun 8, 2006 / 17:43 pm
O Padre Luis Silva, de origem colombiana, partirá para o Iraque e Afeganistão como membro de um batalhão do exército que chegará a essa região, onde estará encarregado de atender espiritualmente aos soldados latinos.
"Existe uma necessidade tão grande de sacerdotes que falem espanhol para atender a esses moços jovens hispanos católicos que estão lutando nas zonas de conflito", explicou à agência Efe o presbítero de 40 anos.
O Pe. Silva, até agora pároco da Catedral de Saint James em Orlando aonde os paroquianos lhe deram uma emotiva despedida no domingo, deve apresentar-se como capelão da Reserva do Exército em uma base militar do Mississipi na próximo sábado. Por motivos de segurança, o sacerdote ainda desconhece seu destino exato onde passará um ano e dois meses.
"Como ser humano é normal que sinta um pouco de temor e claro que as pessoas com as quais realizo meu ministério me mostram certa preocupação, mas por agora trato de não pensar tanto no que vou enfrentar lá e trato de me encher muito de Deus", comentou e adicionou que se a gente compreender firmemente o chamado de Deus, "se dá conta de que é aí onde tem que estar e deve encher-se de positivismo".
O sacerdote serve cinco anos em uma pequena comunidade de Minnesota, onde se ordenou, antes de mudar-se para Orlando. "Desde criança sempre quis ser um militar, um médico ou um sacerdote e por aí vou realizar o sonho de ser um militar, ao menos como sacerdote", assinalou o presbítero nascido em Cali que viu a oportunidade de desenvolver a vocação militar quando o exército chegou a sua diocese em busca de sacerdotes.
"Depois de três anos como sacerdote me deram permissão de fazer o treinamento na escola de oficiais no exército e aí me fiz militar de onde saí com o cargo de primeiro tenente e faz como dois meses me subiram a capitão", relatou.
Explicou também que para poder viajar para a frente de batalha, agilizaram-lhe os trâmites de cidadania, requisito indispensável para poder servir como capelão do exército. "Aí foi quando soube que sim ia", recordou.
Logo depois de uma breve entrevista no último 22 maio, pediram ao Padre que retornasse nessa mesma tarde para a cerimônia de juramentação como cidadão dos Estados Unidos. "Quando terminei a entrevista pensei que fossem me pedir para voltar em um mês, mas me surpreendi quando me disseram para voltar no mesmo dia" assinalou.
De acordo com as estatísticas da arquidiocese para Serviços Militares do país, no ano de 2002 havia um total de 369 sacerdotes em serviço ativo e 405 em Reserva e na Guarda Nacional.
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