SEVILHA, Jun 16, 2006 / 17:33 pm
Arcebispo de Sevilla, Cardeal Carlos Amigo Vallejo, disse que a Eucaristia é "luz para compreender os mistérios; fonte inesgotável da graça que necessitamos" durante sua homilia pronunciada na Solenidade de Corpus Christi na Catedral desta cidade.
Depois de lembrar que na procissão desta Festa a Igreja continua acompanhando o Senhor no monte das Oliveiras, mas agora com a alegria da ressurreição, o Prelado destacou que "em momentos especialmente difíceis, e para encher de esperança os cristãos, se oferece a promessa do pão vivo descido do céu, que será oferecido para remissão dos pecados".
O Cardeal indicou em seguida que "Deus quis nos falar de maneiras muito diversas e nos ajudar a ver sua presença. Na criação inteira, na bondade das pessoas, na encarnação do Verbo, no nascimento em Belém, na transfiguração, na morte e ressurreição. Agora se realiza uma maravilhosa epifania no mistério da Eucaristia. Mudaram os sinais e o momento, mas não a realidade. Este é Jesus Cristo, o filho de Deus Vivo”.
Depois de relatar que os discípulos de Emaús pediram a Jesus para ficar com eles, o Arcebispo explicou que "não podiam conformar-se com umas palavras de esperança futura. Isto é meu corpo! Estou aqui, convosco".
"A Igreja não impõe aos demais seus convencimentos de fé, simplesmente os oferece. Manifestar não é impor, é generosidade. Se Cristo se oferece por todos, a todos temos que levar tudo que d’Ele recebemos", ressaltou o Prelado.
Em seguida, o Cardeal Amigo fez uma breve descrição da Eucaristia e disse que esta é "luz para compreender os mistérios; fonte inesgotável da graça que necessitamos; sacrifício no qual Cristo carrega sobre si nossos pecados e nos dá sua vida; manancial onde se encontra todo o bem da Igreja; alimento que enche de graça; escola onde se aprende a viver o maior mistério de nossa fé".
"Ante o santíssimo mistério da Eucaristia somente cabe a atitude de entrega ao amor de Deus, tal como fez a bem-aventurada Virgem Maria: que tudo se faça segundo tua palavra. E a palavra de Cristo não é outra que aquela que segue ressonando com imutável clareza desde o dia da última ceia: Este é meu Corpo, este é meu Sangue. Fazei isto em memória de mim! Fazemos, pois, o que nos mandou o Senhor", finalizou o Bispo.
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