29 de novembro de 2024 Doar
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Ex-núncio em Cuba: Pode haver uma transição sem violência na ilha

Dom Giulio Einaudi, que se desempenhou como Núncio Apostólico em Cuba desde 1980 até 1988, considerou que sim pode ser uma transição sem violência na ilha, enquanto o mundo espera notícias sobre a saúde do mandatário Fidel Castro.

Em declarações ao jornal chileno El Mercúrio, o Arcebispo explicou "pode ser uma transição sem violência, depende de como se trate este assunto. Pessoalmente, acredito que pode correr por vias normais, depois de tantos anos de revolução.

"Se a comunidade internacional souber se aproximar de Cuba mediante o diálogo, a situação pode evoluir de forma muito positiva", declarou.

Também se referiu, entre outros temas, ao transferimento de poderes de Fidel Castro a seu irmão Raúl. Em sua opinião, este "teria uma boa capacidade para conduzir o país a uma evolução pacífica e normal".

Sobre este governo interino, Dom Einaudi considera que "sua limitação pode ser também sua força, já que ele esteve ao lado do Fidel todos estes anos; portanto, conhece totalmente a situação. Depende como quererá arrumar os assuntos neste período de transição, que ainda não se sabe se será de transição. Depende muito dele e dos poderes que efetivamente possa exercer"; embora na opinião do Prelado ainda é cedo para falar de um período posterior a Fidel, "não podemos dizer se começou verdadeiramente uma era pós Castro; não podemos dizer isso, porque pode ser que melhore e retorne".

Sobre o comunicado da Igreja em Cuba no qual os bispos manifestaram que jamais aceitariam nem apoiariam intervenção estrangeira alguma, o Prelado assinalou que o Arcebispo de Havana, Cardeal Jaime Ortega, "é uma pessoa muito prudente e capaz para enfrentar esta transição".

"Nós como Igreja não nos situamos em alternativas políticas: sim podemos acompanhar a evolução dos acontecimentos, e também chamar à oração, mas nada mais. E foi isto o que se fez quando a Igreja cubana chamou os fiéis a rezar para que o Senhor possa acompanhar Castro nestes difíceis momentos, que são duros para ele, mas também para toda a população cubana", precisou o Ex-núncio.

Ao falar do tempo que serviu como Núncio Apostólico em Cuba, recordou que "houve uma boa relação com o doutor Felipe Carneado –o responsável então do Comitê Central do Partido Comunista para as relações com a Igreja–. Quase todos os diaa nos reuníamos para analisar as coisas cotidianas da Igreja; quer dizer, a possibilidade de ter mais sacerdotes e religiosas, facilidades para importar literatura, abrir outros lugares de culto, etc.".

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