29 de novembro de 2024 Doar
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AIDS tornou-se indústria milionária para muitos, denuncia ativista

Ativistas da luta contra a AIDS denunciam que muitas organizações internacionais transformaram esta causa em uma indústria multimilionária em que os favorecidos são os fabricantes de anticoncepcionais e preservativos, as ONGs e muitos outros agentes envolvidos, menos os que realmente necessitam, que são os doentes.

Assim advertem alguns ativistas como Martin Sempa, para quem, "a indústria da AIDS" gerou grandes reuniões como a recente de Toronto onde os assistentes estiveram mais preocupados em "administrar melhor a doença" do que em procurar uma cura ou deter seu avanço.

Para Sempa, propulsor em Uganda do programa ABC (abstinência, fidelidade e em última instância preservativos) que teve muito bons resultados na luta contra a AIDS, "a maioria destas pessoas não estão interessadas em deter o avanço do HIV/AIDS mas sim em administrar a doença, mantê-la como está para poder continuar obtendo lucros às custas dela". "É uma indústria multimilionária", relata.

"Farmacêuticos, fabricantes de preservativos, conselheiros, distribuidores, publicitários, entre outros, lutam por falsos direitos humanos. Se você tem AIDS pode chegar a ser estrela se promover o programa de todos eles. Se a AIDS desaparecesse hoje, milhões de pessoas deixariam de ter uma renda", explica o ativista ugandense.

"Nossos programas (de abstinência e fidelidade) estão sob ataque por parte dos grupos de direitos humanos que alegam que evitar a promiscuidade das pessoas é atentar contra seus direitos, dizems que estamos violando seus direitos humanos. Para eles direitos humanos é sinônimo de preservativos", acrescenta.

Por sua vez, Sipho Mthathi, líder do grupo Treatment Action Campaign da África do Sul, assinalou que "esta conferência (a de Toronto) foi mais uma conferência hollywoodiana para filantropos e estrelas que vivem da AIDS".

Do mesmo modo, Robert Gallo, co-descobridor do vírus da AIDS na década de 80, comentou que não foi à conferência de Toronto porque é "irrelevante e tola". "Se é preciso ter status de celebridade para assistir a um evento assim, então estamos escutando às pessoas erradas", acrescentou.

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