27 de novembro de 2024 Doar
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Santa Mônica e Santo Agostinho, esperança para os conflitos familiares, diz o Papa

Milhares de peregrinos se reuniram no dia de hoje no Palácio Apostólico de Castel Gandolfo para rezar o Ângelus dominical com o Papa Bento XVI, que convidou os fiéis a ver em Santa Mônica um modelo de mulher sábia e sólida na fé que convida a manter firme a confiança em Deus e sustentar-se na oração.

Introduzindo a oração Mariana, o Santo Padre fez referência à Santa Mônica, que a Igreja recorda hoje, e a Santo Agostinho, seu filho, cuja festa se celebra na segunda-feira, como duas pessoas "cujos testemunhos podem ser de grande alívio e ajuda para tantas famílias de nosso tempo".

Sobre a Santa Mônica acrescentou que "viveu de modo exemplar sua missão de esposa e de mãe, ajudando o marido Patrício a descobrir a beleza da fé em Cristo e a força do amor evangélico, capaz de vencer o mal com o bem".

"Morto o marido -prosseguiu o Pontífice-, Mônica se dedicou com valor aos cuidados de três filhos, entre os quais Agostinho, que inicialmente a fez sofrer com um comportamento rebelde".

Citando palavras de Santo Agostinho, o Papa afirmou que o santo considerava ter sido gerado duas vezes por sua mãe: "a segunda necessitou de um longo caminho espiritual, feito de orações e lágrimas, coroado ao final pela vitória de vê-lo não só abraçar a fé e receber o Batismo, mas também dedicar-se inteiramente ao serviço de Cristo".

"Quantas dificuldades há também hoje nas relações familiares e quantas mães estão angustiadas porque os filhos se iniciam em caminhos equivocados!", disse o Papa.

Diante de tal situação "Mônica, mulher sábia e sólida na fé, as convida a não dar-se por vencidas, mas a perseverar na missão de esposas e mães, mantendo firme a confiança em Deus e sustentar-se com perseverança à oração".

Sobre o Agostinho o Pontífice disse: "toda sua existência foi uma apaixonada busca pela verdade. Ao final descobriu em Cristo o sentido último e pleno de sua vida e de toda a história humana".

Citando suas "Confissões" fez notar como o santo de Hipona era consciente de que "na adolescência, atraído pela beleza terrena, meteu-se totalmente nela em modo egoísta e possessivo, com comportamentos que criaram não pouca dor à sua pia mãe".

Mais adiante se referiu a Agostinho como "modelo do caminho para Deus, suprema Verdade e sumo Bem".

Bento XVI pediu finalmente que "Santo Agostinho obtenha o dom de um sincero e profundo encontro com Cristo a todos aqueles jovens que, sedentos de felicidade, buscam-na percorrendo caminhos errados e se perdem em ângulos cegos".

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