BUENOS AIRES, Sep 18, 2006 / 04:25 am
A Comissão Episcopal de Pastoral Aborígine, Pastoral Social, Cáritas e o Observatório da Dívida Social Argentina da UCA, apresentaram o livro "Uma terra para todos", cujo objetivo é contribuir ao início "da reflexão para uma Pastoral da Terra".
A obra "tenta estudar o problema do direito à terra dos povos aborígens, a concentração de terras em mãos de estrangeiros ou grandes empresas em detrimento de pequenos produtores, o uso indiscriminado dos recursos naturais, em especial as minas, os bosques e as reservas aqüíferas, e a responsabilidade do Estado frente a estas questões".
O livro se divide em quatro capítulos: Enfoque Bíblico Doutrinal, Concentração e acesso a titulação de terras rurais, Problemática das terras indígenas, e Acesso a titulação de terrenos e moradias urbanas e suburbanas.
Em suas páginas, o documento recorda que a terra é um "dom de Deus para o bem-estar de todos", e que os problemas antes mencionados são "produto da secularização da sociedade".
"João Paulo II sustentava que não é lícito utilizar este dom para o benefício de uns poucos, deixando aos outros, a maioria, excluídos. Não há razão para reservar-se em uso exclusivo o que supera às próprias necessidades quando a outros falta o necessário para viver", assinala o texto.
O livro foi apresentado pelo Presidente da Comissão Episcopal de Pastoral Social, Dom Jorge Casaretto; o Presidente da Comissão Episcopal de Pastoral Aborígine, Dom Marcelo Melani; o Bispo de Orán, Dom Jorge Lugones; assim como representantes da Universidade Católica Argentina (UCA), entre outros.
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