24 de novembro de 2024 Doar
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Encontrada a caverna onde São João Batista teria batizado e pregado

Um grupo de pesquisadores  liderados pelo arqueólogo Simon Gibson achou ao sul de Jerusalém uma antiga caverna que conduz a um enorme poço subterrâneo de 28 degraus que teria sido usado por São João Batista para batizar seus discípulos. Conforme informou Associated Press, no tanque decorado com diversos símbolos –entre eles uma cruz– foi achada também uma pedra que teria servido para a lavagem dos pés, pois possui uma fenda para que encaixe a forma de um pé de adulto.

“Aparentemente, neste lugar estaria o elo que conecta o batismo judeu e o cristão”, afirmou Simon, quem fiscalizou a escavação junto com o arqueólogo israelense Rafi Lewis, iniciada em 1999 em terras do kibutz Tzuba.

Do mesmo modo, os peritos extraíram da caverna 250 mil fragmentos de cerâmica, ao parecer restos de pequenas vasilhas usadas no batismo.

“João Batista, que era apenas uma figura dos Evangelhos, cobra vida novamente”, explicou Gibson e acrescentou que era muito possível que as gravuras nas paredes, incluído uma em que há um homem com um bastão e vestido com a pele de um animal, poderiam contar a história de São João Batista. Os pesquisadores explicaram que as gravuras parecem ter sido feitas por monges no século IV ou V.

Por sua vez, o professor de estudos religiosos da universidade americana da Carolina do Norte, James Tabor, informou que “infelizmente, não encontramos nenhuma inscrição na parede” decorada da cisterna.

A caverna –situada a uns cinco quilômetros do Ein Kerem, lugar de origem do Batista–, de 26 metros de comprimento por quatro metros de largura, e com uma altura média de cinco metros, foi cavada na rocha na Idade de Ferro, entre os anos 800 e 500 a.C., e se supõe que foi uma piscina de imersão ou “mikve” utilizada por religiosos judeus.

Um dos descobrimentos mais interessantes na jazida foi o fato de que o caiado das paredes e dos degraus data dos séculos VIII e VII antes da era cristã, o que pôde ser comprovado por meio de análise feitas no Instituto de Ciências Weizman, da cidade do Rehovot, e no Instituto Geológico.

Nas paredes acharam gravuras dos séculos IV ou V da era cristã, os dias de Bizâncio, representando imagens de João o Batista, a cabeça decapitada, sua mão, e de uma Cruz.

Segundo Gibson a atividade na caverna e a cisterna data dos dias dos reis da Judéia e concluiu com a destruição do Primeiro Templo de Jerusalém por Nabucodonosor e o exílio dos judeus na Babilônia, atualmente o Iraque.

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