O Papa pede promover o recurso freqüente à Sacramento da Reconciliação

VATICANO, Oct 9, 2006 / 12:18 pm

Ao receber nesta manhã aos prelados da Conferência de Bispos Católicos do Canadá Ocidental, o Papa Bento XVI destacou que indicar a presença destrutiva do pecado é um "serviço de esperança" e que se deve promover o Sacramento da Reconciliação pois realiza a "plenitude da cura" que todo ser humano deseja.

Comentando a parábola do filho pródigo, o Santo Padre se perguntou se o irmão mais velho não representa de certo modo "quem se afasta tristemente da Igreja. Incapaz de pensar além dos limites da justiça natural, permanece apanhado na inveja e a soberba, separado de Deus, isolado dos demais e intranqüilo".

Assim, o Pontífice destacou que a responsabilidade dos bispos de indicar "a presença destrutiva do pecado é facilmente compreendida como um serviço de esperança: fortalece os fiéis para evitar o mal e abraçar a perfeição do amor e a plenitude da vida cristã".

"Por isso, quero lhes encomendar a promoção do Sacramento da Penitência. Enquanto este sacramento é considerado freqüentemente com indiferença, seu efeito é precisamente a plenitude da cura que desejamos", acrescentou.

Depois de ressaltar que a falta de reconhecimento do pecado é um sintoma da "debilidade de nossa relação com Deus", O Papa assinalou que "quando Deus é excluído da vida pública, o sentido de ofensa a Deus –o verdadeiro sentido do pecado– desaparece, como quando o valor absoluto das normas morais se relativiza, as categorias de bem ou de mal se desvanecem, junto com a responsabilidade pessoal".

"Quando se esquecem a necessidade de pedir perdão e a disponibilidade para perdoar, brotam sentimentos de culpabilidade e a tendência ao litígio. Entretanto, este perigoso fenômeno pode ser eliminado", indicou.

Por último, o Santo Padre destacou que "o compromisso com a verdade abre o caminho à reconciliação estável mediante o processo curador de pedir e dar o perdão, dois elementos indispensáveis para a paz. Deste modo, purifica-se nossa memória, nossos corações se serenam e nosso futuro se enche de uma esperança bem fundada na paz que brota da verdade".