Arcebispo reitera neutralidade de Igreja no conflito de Oaxaca

MEXICO D.F., Nov 13, 2006 / 13:36 pm

O Arcebispo da Antequera-Oaxaca, Dom José Luis Chávez Botello, reafirmou a neutralidade da Igreja no conflito político social e esclareceu que o fato de que se aproxime de alguns dos envolvidos, não quer dizer que esteja de acordo com toda a agenda ou programa destes.

Na Missa dominical, o Prelado leu um comunicado no que voltou a chamar as partes a pôr tudo o necessário para solucionar pacificamente o problema. Recordou que os meios para chegar a um acordo "nunca serão as armas nem as ofensas, mas o autêntico serviço e o trato fraternal entre todos".

"A Igreja, por fidelidade a sua missão, nunca tomará partido a favor de alguma das partes em conflito; somos conscientes de que só assim nosso serviço de facilitadores será confiável e efetivo: seguiremos abonando tudo o que signifique aproximar-se, dialogar, diminuir a violência e optar por uma solução pacífica e responsável para bem de toda a sociedade e não só de grupos", afirmou.

O comunicado, assinado também pelo Bispo Auxiliar, Dom Oscar Campos, informou além que o Arcebispado não poderá dar asilo político aos dirigentes da Assembléia Popular dos Povos de Oaxaca (APPO), devido a que não se conta com "os recursos nem a infra-estrutura para garantir a integridade física das pessoas".

"Recebemos, através dos meios de comunicação, a solicitude de asilo ou refúgio para alguns integrantes da dirigência da APPO. Diante da gravidade de tal solicitude estivemos ponderando os diferentes aspectos, cuidando acima de tudo a vida. Consideramos que não temos os recursos nem a infra-estrutura para garantir a integridade física das pessoas, o qual comporta uma grave responsabilidade", assinalou o texto.

Também expressou que "assegurar a integridade física das pessoas é responsabilidade do Governo; expusemos à Secretaria de Governo para que atenda esta urgência que manifestam alguns dirigentes de acordo à situação real e de comum acordo com a APPO". Nesse sentido, manifestou-se a confiança de que a entidade governamental poderá garantir a segurança aos líderes deste movimento.