ISTAMBUL, Nov 30, 2006 / 16:21 pm
Concluída a visita à Mesquita Azul, o Papa se dirigiu à Catedral Armênia Apostólica desta cidade. Em seu discurso, destacou que o encontro com Sua Beatitude, o Patriarca Mesrob II Mutafian, "é mais que um simples gesto de cortesia ecumênica e amizade".
"É um sinal de nossa esperança compartilhada nas promessas de Deus e nosso desejo de ver cumprida a oração que Jesus ofereceu" pela unidade de seus discípulos "para que sejam um no Pai", indicou.
"Jesus deu sua vida na Cruz para que todos os filhos dispersos de Deus se unam, para romper os muros de divisão. Através do sacramento do Batismo, fomos incorporados ao Corpo de Cristo, a Igreja. As trágicas divisões que, com o tempo, ocorreram entre os seguidores de Cristo contradizem abertamente a vontade do Senhor, geraram escândalo no mundo e danificaram a causa mais justa, a pregação do Evangelho a toda criatura", disse o Papa, recordando as palavras da encíclica Unitatis Redintegratio.
"Precisamente –prosseguiu o Santo Padre– por nosso testemunho de fé e amor, os cristãos estão chamados a oferecer um sinal radiante de esperança e consolo a este mundo, tão marcado pelos conflitos e tensões. Temos que continuar, por isso, fazendo tudo o que seja possível para sanar as feridas da separação e não deprimir no trabalho por reconstruir a unidade cristã. Que sejamos guiados nesta urgente tarefa pela luz e a força do Espírito Santo".
Logo depois de agradecer ao Patriarcado por sua amizade e depois de recordar umas palavras do século XIII nas "que Nerses de Lambron, um dos grandes doutores da igreja Armênia" pede pela paz e alenta a "escalar a montanha da fé no Evangelho", Bento XVI exortou a "juntos seguir rezando pela unidade de todos os cristãos, para que, ao receber este dom do alto com os corações abertos, sejamos testemunhas mais convincentes da verdade do Evangelho e melhores servos da missão da Igreja".
Ao momento de retirar-se, foi inaugurada uma placa com a forma de uma cruz armênia com a que se comemora a visita de três pontífices: Paulo VI, João Paulo II e Bento XVI.
O Santo Padre se dirigiu depois à Representação Pontifícia de Istambul aonde se reuniu primeiro com o Metropolitano Siro-Ortodoxo, o Patriarca Filuksinos Yusuf Çetin; e momentos depois com o Grande Rabino da Turquia, Isak Haleva.
Do mesmo modo, às 20h (hora local), o Papa jantou, ali mesmo, com os membros da Conferência Episcopal da Turquia. Ao finalizar o jantar, um grupo de jovens católicos entoaram alguns cantos para o Papa no jardim da Representação Pontifícia.
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