Santa Sé pede que religiões não sejam vítimas de preconceitos

VATICANO, Dec 6, 2006 / 13:53 pm

O Secretário para as Relações com os Estados, Dom Dominique Mamberti, lembrou no Conselho Ministerial da OSCE (Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa) as dificuldades que enfrentam as religiões na Europa.

Dom Mamberti se perguntou "como podem promover as religiões o respeito e a compreensão com autoridade e eficácia se elas mesmas forem vítimas de estereótipos e de preconceitos". Neste contexto lembrou que em um dos países da OSCE, um sacerdote católico foi assassinado e que vários cristãos foram vítimas de violência e agressões.

Durante a entrevista da OCSE, celebrada em Bruxelas (Bélgica) em 4 e 5 de dezembro e a que foram convidados os ministros de Exteriores dos Estados participantes da organização, Dom Mamberti manifestou o desejo de que esta reunião "reforce e ponha em prática a "experiência" da OSCE, afinando os instrumentos dos que dispõe para chegar a seu objetivo final: a paz e a estabilidade da zona euro-atlântica, através de sociedades seguras e prósperas, que promovam a dignidade da pessoa humana, reconhecendo sua dimensão religiosa fundamental".

Sobre a dimensão humana, explicou , "a Santa Sé aprecia vivamente os documentos que se propõem intensificar a luta contra o tráfico de pessoas, centrando-se nas vítimas. O flagelo da exploração sexual de crianças, que freqüentemente está ligado ao tráfico de pessoas, requer uma atenção especial. A Igreja Católica, por sua vez, não deixará de estimular a consciência internacional no que concerne à extensão da gravidade destes golpes".

O Arcebispo lembrou as palavras de Bento XVI em sua viagem apostólica à Turquia: "O reconhecimento do papel positivo das religiões na sociedade pode e deve nos impulsionar a aprofundar cada vez mais no conhecimento do ser humano e a respeitar sua dignidade".

Além disso, expressou o desejo da Santa Sé de que "este conhecimento e este respeito se reflitam de modo transparente e honrado no trabalho da OSCE e de suas instituições, assim como no âmbito da tolerância".