Cardeal Rivera: A melhor ajuda para o migrante é que não precise emigrar

MÉXICO, Sep 6, 2004 / 16:54 pm

Ao comemorar o Dia do Migrante, o Arcebispo do México, Cardeal Norberto Rivera, assegurou que a melhor forma de ajudar a estas pessoas é procurar que não tenham a necessidade de abandonar seus países de origem.

 Perante o Presidente Vicente Fox, as Missionárias da Caridade –que comemoraram um novo aniversário do trânsito de Madre Teresa-, e centenas de fiéis, o Cardeal assinalou que “não pode haver autêntica paz sem justiça e sem respeito dos direitos humanos”.

“Criar condições concretas de paz, por isso corresponde aos emigrantes e refugiados, significa comprometer-se seriamente a defender acima de tudo o direito a não emigrar, quer dizer, a viver em paz e dignidade na própria pátria”, afirmou o Cardeal.

Neste sentido, afirmou que “graças a uma atenta administração local ou nacional, a um comércio mais eqüitativo e a uma cooperação internacional solidária, cada país deve poder assegurar a seus próprios habitantes não só à liberdade de expressão e de movimento, mas também a possibilidade de  suprir necessidades fundamentais, como o alimento, a saúde, o trabalho, a moradia, a educação, cuja frustração põe  muita gente em condições de ter que emigrar à força”.

Referindo-se ao direito a emigrar, o Cardeal reconheceu que “corresponde aos governos regular os fluxos migratórios, respeitando plenamente a dignidade das pessoas e as necessidades de suas famílias e tendo em conta as exigências das sociedades que acolhem os imigrantes”.

“Já existem acordos internacionais em defesa dos emigrantes, assim como de quantos procuram em outro país refugio ou asilo político, são acordos que sempre  podem continuar se aperfeiçoando”, adicionou.

Em diálogo com os jornalistas, o Cardeal assinalou sua esperança de que “entre nós os mexicanos cresça a consciência de como devemos tratar o migrante. Aqui, na grande cidade, há muitos migrantes. Visitam-nos, alguns por sua vontade e outros forçadamente procurando uma sobrevivência, muitos irmãos da América Central e devemos fazer consciência de que temos um dever para com eles”.

“Venham mais vezes à Missa”