WASHINGTON DC, Sep 8, 2004 / 12:33 pm
A imprensa americana rendeu-se frente à evidência: o abortivo injetável Depo Provera não só acaba silenciosamente com a vida de milhares de concebidos, mas tornou-se um potencial perigo para a saúde de suas consumidoras, pois seu uso aumenta em 300 por cento a possibilidade de contrair doenças sexualmente transmissíveis (DST) como clamidia e gonorréia.
Veículos como USA Today, MSNBC/Reuters e WebMD, tradicionalmente afins às políticas antinatalistas, divulgaram os resultados de um estudo realizado pelos Institutos Nacionais de Saúde e Family Health Internacional, que comprovam os riscos do fármaco.
O estudo indica que o abortivo injetável faz com que as consumidoras sejam três vezes mais propensas a contrair clamídia e gonorréia. O Depo-Provera, também vendido como DMPA, é uma substância que se injeta no braço ou as nádegas quatro vezes ao ano, para inibir a ovulação. O fármaco tem um mecanismo de segurança –similar ao das pílulas do dia seguinte- pelo qual se ocorresse a ovulação e a concepção, evita-se a implantação do óvulo fecundado no útero, causando sua morte.
A organização Population Research Institute (PRI) analisou os resultados e assinalou que estes não surpreendem pois a muito tempo tempo se suspeitava que o uso dos anticoncepcionais que contêm progesterona aumentam o risco de contrair DST e AIDS.
Segundo o PRI, é muito provável que a ajuda internacional que os Estados Unidos dá aos países pobres em matéria populacional –que consiste basicamente em anticoncepcionais- tenha favorecido a difusão da AIDS.
Entre 1994 e 2000, o escritório governamental USAID distribuiu quase 42 milhões do Depo-Provera nos países pobres e o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) entregou durante a administração Clinton milhões de Depo-Provera por ano.
O PRI denunciou que o Depo-Provera é um dos principais componentes da política de planejamento familiar financiado desde o exterior na África. “A USAID envia mais unidades do Depo-Provera à África, entre países como Moçambique, Tanzânia e Nigéria, que a qualquer outro país do mundo. Embora a UNFPA seja menos transparente no destino de seus carregamentos anticoncepcionais, sim admite que gasta mais dinheiro na África que em qualquer outro lugar”.
“Na África, o Depo-Provera é distribuído sob esquemas de ‘marketing social’ que abrangem virtualmente qualquer mulher que o deseje. Espera-se que as mulheres se auto apliquem a droga sem receber qualquer tipo de assessoria médica”, acrescentou o PRI.
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