23 de novembro de 2024 Doar
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A Igreja não é uma organização de manifestações coletivas, destaca Bento XVI

Em sua visita a Pavía, onde visitou os restos de Santo Agostinho, o Papa Bento XVI recordou o que é a Igreja e descartou que se trata de uma organização de manifestações coletivas.

"A Igreja não é uma simples organização de manifestações coletivas nem, ao contrário, a soma de indivíduos que vivem uma religiosidade privada. A Igreja é uma comunidade de pessoas que acreditam no Deus de Jesus Cristo e se comprometem a viver no mundo o mandamento da caridade que nos deixou", assegurou o Pontífice.

Depois de encontrar-se com o mundo da cultura na Universidade de Pavía, Bento XVI se deslocou à basílica de São Pedro in Ciel d'Oro para celebrar as vésperas. Antes de entrar no templo, o Santo Padre se deteve no pátio do convento de Santo Agostinho para abençoar a primeira pedra do Centro Cultural Agostiniano Bento XVI.

Uma vez dentro da basílica, o Papa incensou a urna que contém as relíquias de Santo Agostinho e após saudar o bispo de Pavía, Giovanni Giudici e o prior geral da Ordem Agostiniana, Robert Francis Prevost, pronunciou uma homilia.

O Papa assegurou ante o sepulcro de Santo Agostinho, que "Jesus Cristo, Verbo encarnado é a revelação do rosto de Deus Amor a cada ser humano em caminho pelas sendas do tempo e da eternidade. Aqui está o coração do Evangelho, o núcleo central do cristianismo. A luz deste amor abriu os olhos de Agostinho e lhe fez encontrar 'a beleza, sempre antiga e sempre nova' em que o coração do ser humano encontra a paz".

O Santo Padre assinalou que sua primeira encíclica, Deus é Amor, "é credora do pensamento de Santo Agostinho, que foi um apaixonado pelo Amor de Deus".

"Estou convencido, seguindo os ensinamentos do Concílio Vaticano II e de meus predecessores -recalcou o Santo Padre-, de que a humanidade contemporânea necessita esta mensagem essencial. Tudo deve partir dele e tudo tem que levar a ele: toda ação pastoral, tudo tratado teológico".

O Papa explicou que "o amor é a alma da vida da Igreja e de sua ação pastoral. Só quem vive na experiência pessoal do amor do Senhor pode exercer a tarefa de guiar e acompanhar a outros no caminho que segue a Cristo" e "servir a Cristo é antes que nada questão de amor".

O Papa pediu aos responsáveis pelo centro que "sua pertença à Igreja e seu apostolado brilhem sempre pela liberdade de todo interesse individual e pela adesão sem reservas ao amor de Cristo" e indicou que sobre tudo "os jovens precisam receber o anúncio da liberdade e da alegria, cujo secreto reside em Cristo. Ele é a resposta mais verdadeira às esperanças de seus corações inquietos por tantas perguntas".

"Convido-lhes a perseguir a medida alta da vida cristã que encontra na caridade o vínculo da perfeição e deve traduzir-se também em um estilo de vida moral inspirado no Evangelho", adicionou.

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