Deus Caritas est: Núcleo para plenária de Pontifícia Academia das Ciências Sociais

VATICANO, Apr 26, 2007 / 12:40 pm

Em conferência de imprensa se apresentou hoje na Sala Stampa a 13° sessão plenária da Pontifícia Academia das Ciências Sociais, que se celebrará no Vaticano de 27 de abril a 1 de maio, cujo núcleo de reflexão será a encíclica Deus Caritas est escrita por Bento XVI e cujo tema é “Caridade e justiça nas relações entre povos e nações”.

Depois de denunciar os flagelos do terrorismo e a guerra, a nota emitida pela Pontifícia Academia indica que a encíclica Deus caritas est, “recorda-nos que a virtude teológica e humana da caridade deve presidir todo o ensinamento social e toda a obra social da Igreja e de seus membros”.

“Este é o motivo pelo qual Deus caritas est se considera em parte e justamente como uma encíclica social. É o amor quem determina a atenção da Igreja pelos necessitados, o trabalho de leigos e leigas pela paz e a justiça na esfera secular e o fermento da Igreja na sociedade”, assinala.

“Se às vezes temos a convicção de que procurar a caridade e a justiça a nível internacional é muito importante para a sociedade contemporânea, ao mesmo tempo existem sinais de que estamos trabalhando em sentido contrário”, anota.

Neste sentido, enumera-se alguns “sinais preocupantes dos tempos”, como “o ressurgir do nacionalismo”, “os sinais de convergência econômica e social entre países desenvolvidos e em desenvolvimento, que se limitam unicamente a umas poucas nações desta última categoria”, prossegue o comunicado.

O texto precisa que também são “sinais preocupantes” que “a incidência da pobreza e da pobreza extrema continue muito elevada”. Do mesmo modo, instituições como a ONU, a Organização Mundial do Comércio (OMC), o Fundo Monetário Internacional (IMF) e o Banco Mundial, “dão sinais de debilidade e de cansaço” por isso se põe em dúvida que os objetivos do Milênio de reduzir a pobreza mundial na metade para o ano 2015, Sejas alcançados.

Outro dos temas para a reunião é o da “ajuda insuficiente respeito ao objetivo de destinar o 0,7% do PIB dos países desenvolvidos para ajudas internacionais. Além disso esta ajuda se distribuiu freqüentemente de modo ineficaz”.