BUENOS AIRES, May 9, 2007 / 04:27 am
O "Serviço à Vida (SEVI) do Movimento FUNDAR na Argentina, apresentou esta semana uma síntese do tema da Cultura da Vida e a Família no "Documento de Síntese" rumo à V Conferência Geral do Episcopado Latino-americano que se realizará em Aparecida, Brasil, de 13 a 31 de maio de 2007.
Conforme informa SEVI, "a família e a vida não estão ausentes desta importante Conferencia eclesial. apresentam-se como desafios particularmente urgentes e assim o reconhece o documento de síntese que se publicou recentemente com as contribuições das Conferências Episcopais participantes".
Em relação ao tema "Exclusão da mulher", SEVI remete ao n 51 do documento de síntese, onde se destaca a "dupla exclusão em razão de sua situação socioeconômica e de seu sexo" nas mulheres pobres; assim como que "seu urgente dignificação e participação pretende ser distorcida por correntes de um feminismo ideológico, marcado pela estampagem cultural das sociedades do consumo e o espetáculo, que é capaz de submeter às mulheres a novas escravidões".
Em relação à "Crise da família", o número 66 do documento enumera "pressupostos que debilitam e menosprezam a vida familiar" assim como "a ideologia do gênero, segundo a qual cada um pode escolher sua "orientação sexual" e as respectivas práticas, não tendo relevância as diferenças fisiológicas; a ideologia ecologista que apresenta ao homem como o maior depredador e por isso, o homem deve submeter-se à Mãe Terra, e o número de indivíduos admitidos à existência deve ser contido em limites definidos pelos tecnocratas; o humanismo agnóstico, que reduz voluntariamente a área de competência da razão, limitando o exercício da mesma à esfera dos fenômenos, e desqualificando a priori toda indagação relativa ao sentido da vida e da morte, ou ao sentido do mistério".
SEVI recorda a respeito que "o documento não ignora as intensas campanhas que se verificam em toda a América Latina para influir na legislação sobre a família com o objetivo de obter "a emancipação dos costumes, as normas éticas e as leis de sua matriz cristã. Com freqüência respondem aos interesses e estratégias de pessoas e instituições com grande poder e presença internacional, que abertamente procuram provocar uma mudança no ethos cultural e religioso latino-americano".
Sobre a "Dignidade do nascituro", destaca-se o número 121 do documento, onde se destaca que "assistimos hoje a provocações novas no campo da bioética que nos pedem ser voz dos que não têm voz, onde não podemos excluir as crianças por nascer e nem a nossos idosos ao final de seus dias. A vida que está crescendo no seio materno e a que se encontra no ocaso, é uma reclamação de vida digna que grita ao céu e que não pode deixar de nos estremecer. Não há vida humana tão indefesa como a do nascituro. A liberalização e canalização das práticas abortivas são crimes abomináveis".
Em relação à "Pastoral familiar" no terceiro capítulo, se enfatiza que "requer-se uma Pastoral Familiar que escore ações que proclamem o Evangelho da Família e promovam a cultura da vida contra todo relativismo, confusão de modelos, desconcertos e ideologias que desconhecem a centralidade da pessoa humana e sua dignidade, assim como o valor da família, apoiada no matrimônio para toda a vida entre um homem e uma mulher".
Finalmente, SEVI assinala que no número 344 do documento, falando dos desafios de ordem social que enfrenta a evangelização se destaca que "os desejos de vida, de paz, de fraternidade e de felicidade, que não encontram resposta em meio dos ídolos do lucro e a eficácia, a falta de liberdade religiosa, a insensibilidade ante o sofrimento alheio, a corrupção das classes dirigentes, os ataques à vida intra-uterina, e todas as modalidades de violência, indicam a importância da luta pela vida e pela dignidade e a integridade da pessoa humana".
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