Madre Virgínia Beretta, religiosa e irmã de Santa Gianna Beretta, chegará a Lima (Peru) para participar do 2º Congresso Internacional da Família, que será realizado do 22 ao 24 de janeiro, com o lema “Família, Futuro da Humanidade”.

Madre Virgínia é irmã de Santa Gianna Beretta, uma médico cirurgião e pediatra, que no ano de 1962, quando estava grávida do seu quarto filho, soube que padecia de câncer e preferiu continuar a sua gravidez, arriscando a sua vida para salvar a de sua filha. Santa Gianna Beretta foi canonizada pelo Papa João Paulo II no dia 16 de abril de 2004.

Convidada especial

Tomando em consideração a proximidade da Madre Virgínia com Gianna, e sendo ela uma representante da defesa da vida, os organizadores do 2º Congresso Internacional da Família decidiram convidá-la para que dê o seu testemunho a favor da vida humana e da família. Segundo os organizadores, a participação da Madre Virgínia está prevista como encerramento especial do evento.

Madre Virgínia Beretta nasceu em Bérgamo (Itália) no dia 6 de agosto de 1925, foi a irmã dois anos mais nova de Santa Gianna Beretta Molla, e a décimo primeira de uma família de treze irmãos. Ao contar a história sobre a sua infância, Madre Virgínia disse que “ao partir ao Céu em uma idade muito terna as duas últimas irmãzinhas, na prática Gianna e eu terminamos sendo às duas mais novas, e entre nós duas sempre houve uma relação muito particular”.

“Gianna foi sempre para mim a companheira de jogos e de estudos, até que as duas conseguimos o título em Medicina e Cirurgia na Universidade de Pavia, em 1950, que logramos para satisfazer o desejo de nosso padre, que queria que todos tivéssemos estudos superiores”, agregou.

A religiosa lembrou que “com Gianna compartilhamos alegrias e dores, os compromissos de apostolado na Cidade de Magenta, onde morávamos, na Ação Católica e nas Conferências de São Vicente de Paúl (dedicadas à caridade) até que, completados os estudos, eu respondi ao chamado do Senhor a consagrar-me a Ele, ingressando ao Instituto das Madres Canosianas”.

A religiosa relatou que “depois da profissão dos votos perpétuos, parti como missionária para a Índia, desde onde, de forma inesperada e providencial, o Senhor me fez regressar à Itália a tempo de alcançar a Gianna, justo quatro dias antes que ela morresse. Pude assim assisti-la e confortá-la nesses momentos tão dolorosos e preciosos aos olhos de Deus, e desses momentos guardo uma lembrança muito viva.