As estatísticas da Conferência Episcopal Alemã de 2021 mostram que 359.338 pessoas deixaram a Igreja no ano passado. Mais do que as 221.390 pessoas que deixaram de se declarar católicas em 2020.

As igrejas na Alemanha são financiadas por impostos. Parte do imposto pago pelo cidadão ao Estado vai para a igreja da qual ele se declarar membro.

Durante a apresentação das estatísticas em 27 de junho, o bispo de Limburg e presidente da Conferência Episcopal Alemã, dom Georg Bätzing, disse estar "profundamente chocado" com o número, mas acrescentou que estava "confiante de que estamos dando passos importantes na direção correta com o caminho sinodal, como um impulso para a reforma e renovação interna".

A jurisdição onde se registrou o maior abandono da Igreja é a arquidiocese de Berlim com 2,8%. A média nacional de 1,7%.

Em março de 2021 foi publicado o relatório da arquidiocese de Colônia sobre abusos sexuais. A porcentagem de católicos que deixaram a Igreja em Colônia é de 2,3%, a mesma da arquidiocese de Munique e Freising, onde este ano foi apresentado um relatório pericial sobre os abusos cometidos por membros da Igreja.

A diocese de Limburg teve uma taxa de 2,1%. As dioceses de Ratisbona (1,3%), Essen (1,3%) e Eichstätt (1,4%) permanecem abaixo da média.

As estatísticas de 2021 também indicam que foi registrada uma nova baixa na assistência à missa, de 4,3%, mas as restrições impostas por medo da pandemia de covid-19 podem ter tido impacto nesse número.

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