Na audiência geral de hoje (19), o papa Francisco falou sobre a importância de conhecer “a própria história de vida” para poder fazer um bom discernimento e tomar as decisões corretas.

A partir dessa ideia, citou santo Agostinho, que ensinou a cultivar a vida interior para encontrar o que se procura. O papa Francisco fez um convite aos fiéis: “Entra em ti mesmo. Lê a tua vida com serenidade. Entra em ti mesmo”.

Francisco pediu para evitar aqueles elementos "tóxicos", as ideias que nos prejudicam, como pensar, por exemplo, que "tudo corre mal comigo”, “nunca farei nada de bom”.

“A narração das vicissitudes da nossa vida permite também compreender matizes e detalhes importantes, que podem revelar-se ajudas valiosas até então ocultas”, continuou.

O papa disse que “deter-se e reconhecer isto é indispensável para o discernimento, é uma obra de recolha daquelas pérolas preciosas e escondidas que o Senhor disseminou no nosso terreno”.

“O bem está escondido, sempre, porque o bem tem pudor e se esconde: o bem fica escondido; é silencioso, requer uma escavação lenta e contínua, pois o estilo de Deus é discreto, não se impõe; é como o ar que respiramos, não o vemos, mas nos faz viver, e só nos damos conta dele quando nos falta”, disse.

O papa Francisco incentivou os fiéis presentes na Praça de São Pedro a “notar os pequenos milagres que o bom Deus realiza para nós todos os dias”.

“Diz-se sabiamente que o homem que não conhece o seu passado está condenado a repeti-lo”, afirmou o papa.

Francisco também encorajou contar a própria vida a alguém, o que definiu como "uma das formas de comunicação mais belas e íntimas".

“Mesmo a vida dos santos constitui uma ajuda preciosa para reconhecer o estilo de Deus na própria vida: permite familiarizar-se com o seu modo de agir. O comportamento de alguns santos nos interpela, mostrando-nos novos significados e oportunidades”, afirmou.

Por fim, o papa Francisco disse que “é o coração que nos fala de Deus, e nós devemos aprender a compreender a sua linguagem”.

Por isso, convidou os presentes a examinarem sua consciência ao final de cada dia e se perguntarem: "O que aconteceu no meu coração hoje?".

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